Estrangeiros elegem os melhores e os piores países para viver. E o Brasil?
Uma pesquisa realizada pela InterNations, uma rede de expatriados que tem cinco milhões de membros, revelou quais são os melhores —e os piores —países para se viver, na opinião dos estrangeiros.
O levantamento ouviu mais de 12 mil expatriados que vivem em 172 países e territórios no mundo todo. Eles são de 171 nacionalidades diferentes.
Os participantes tiveram de dar notas para 56 aspectos da vida como expatriados, incluindo temas como custo de vida, disponibilidade de moradia, oportunidades profissionais, vida social e qualidade do atendimento médico. Foram incluídos no ranking os 53 países que tiveram, ao menos, 50 respondentes.
Os três melhores países para se viver
1. México
O país aparece entre os cinco melhores países para expatriados desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2014. Os mexicanos se destacam pela hospitalidade: três em cada quatro estrangeiros que vivem no país (ou 74% deles) afirmam que é fácil fazer amigos locais. Com isso, os expatriados ouvidos dizem ter uma rede de apoio e que estão felizes com a sua vida social.
Expatriados também afirmam que é fácil se acostumar com a cultura local. Os entrevistados disseram, ainda, não ter dificuldades para encontrar moradia a um preço acessível —71% afirmaram estar felizes com o custo de vida no país.
Mas nem tudo são flores: 18% dos participantes disseram que não se sentem seguros no país.
2. Espanha
A cultura e a vida noturna na Espanha são dois dos destaques do país. O clima espanhol ajuda, proporcionando que as pessoas saiam de casa e aproveitem atividades ao ar livre. Além disso, quatro em cada cinco estrangeiros afirmam que se sentem em casa no país.
O ponto fraco está nas oportunidades de emprego: 36% dos entrevistados se dizem insatisfeitos com o mercado de trabalho local. Menos da metade concorda que teve melhorias nas perspectivas de carreira após se mudar para a Espanha.
3. Panamá
O país da América Central foi outro destaque na hospitalidade: 81% dos expatriados que vivem por lá dizem que se sentem em casa, e 84% têm o sentimento de que são bem-vindos.
O clima e a qualidade do ar também agradam os estrangeiros. Os pontos negativos são a falta de oportunidades de emprego e a insegurança no trabalho. Apesar disso, 80% dos expatriados que vivem no Panamá dizem estar felizes com a sua situação financeira.
Os três piores países para se viver
1. Kuwait
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Quero receberA falta de opções de lazer e a sensação de que não podem se expressar livremente incomodam os expatriados que vivem no Kuwait, segundo a pesquisa. A qualidade e o preço dos serviços de saúde também deixam a desejar, de acordo com os participantes.
Além disso, a cultura local é de difícil adaptação, segundo 36% dos estrangeiros ouvidos. Somente 37% dos entrevistados estão satisfeitos com a sua vida social. Três em cada dez sentem que não são pagos de maneira justa pelo seu trabalho.
2. Noruega
O custo de vida no país europeu é o principal problema para os expatriados: 37% afirmam que a renda que ganham não é suficiente para manter uma vida confortável.
Outros 32% sentem que os locais não são amigáveis com estrangeiros. Também é difícil fazer amigos, segundo 51% dos entrevistados, e de se sentir em casa, na opinião de 37%.
A falta de opções gastronômicas e de vida noturna são outros pontos negativos do país.
3. Turquia
As opções de trabalho são o principal problema do país do Oriente Médio. 24% dos estrangeiros que vivem na Turquia estão insatisfeitos com o emprego que têm, e 30% se dizem infelizes com a carga de trabalho.
O acesso à internet é difícil para 15% dos expatriados. Menos da metade dos entrevistados está feliz com a sua situação financeira.
E o Brasil?
De acordo com o relatório, o Brasil ocupa o 15º lugar no ranking, à frente de países como Suécia, EUA e Canadá. O país aparece em segundo lugar na categoria "facilidade de adaptação", com destaque para a cultura e a facilidade de fazer amigos.
Segundo a pesquisa, o Brasil está em primeiro lugar no que diz respeito ao acolhimento de estrangeiros. 71% dos expatriados que vivem aqui se dizem felizes com a sua vida social, e 88% afirmam se sentir bem-vindos.
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