Não é só a Arajet: quais companhias aéreas low cost operam no Brasil?
Começa a operar no mercado brasileiro, no fim de setembro, a companhia aérea Arajet. Com voos três vezes por semana de São Paulo a Santo Domingo, na República Dominicana, a empresa promete passagens aéreas bem mais baratas do que as vendidas atualmente. Em média, ida e volta custarão US$ 475, ou R$ 2.315.
A Arajet é uma companhia low cost, ou seja, um tipo de empresa que comercializa vários itens separadamente da passagem aérea para diminuir o preço do bilhete. Despacho de bagagem e lanches a bordo, por exemplo, são cobrados à parte.
Mudanças regulatórias no mercado brasileiro têm atraído essas empresas para o país. A principal foi a Lei do Voo Simples, que reconheceu a aviação como um negócio similar a outros, tirando barreiras para a criação de empresas.
Companhias low cost no Brasil
O primeiro voo de uma low cost estrangeira no país ocorreu em 2018, com a vinda da Sky Airline, do Chile.
Em novembro do ano passado, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou a JetSmart Airlines, também do Chile, a operar voos internacionais regulares. É possível voar, por exemplo, por São Paulo a Santiago.
A JetSmart ainda tem voos partindo de Florianópolis, Rio e Foz do Iguaçu para Chile, Argentina e Uruguai. Tarifas promocionais saem a R$ 249, segundo a empresa.
Em julho de 2023 ocorreu mais uma autorização, dessa vez para a Virgin Atlantic operar voos para Londres (Inglaterra). A rota deverá começar em maio do ano que vem.
Também atuam nesse segmento a Flybondi, da Argentina, que faz as rotas Rio - Buenos Aires e São Paulo - Buenos Aires. A Viva Air, da Colômbia, chegou a operar no Brasil, mas suspendeu as atividades neste ano.
Mercado doméstico é dominado por Gol, Azul e Latam
Dados da Anac, porém, demonstram que o mercado nacional ainda é dominado por Gol, Azul e Latam. Segundo a Agência, somente 0,4% da demanda doméstica foi atendida por outras companhias aéreas.
No mercado internacional a demanda é mais pulverizada. Em 2022, 43,4% foi operada por companhias aéreas estrangeiras; 16,2% pela Latam, 11,3% pela TAP e 6,3% pela American Airlines.
Em entrevista ao UOL em 2022, Neil Montgomery, advogado especialista em direito aeronáutico, afirmou que o passageiro brasileiro espera "uma viagem de primeira classe pagando o mínimo possível".
A entrada das low costs e ultra low costs ainda terá de passar por uma adaptação cultural [quanto aos viajantes], pois o que elas fazem, literalmente, é levar o passageiro do ponto A ao ponto B pelo menor preço possível, sem adendos.
Neil Montgomery, advogado
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