Jarras de vinho de 5 mil anos são encontradas em tumba de rainha egípcia
Colaboração para Nossa
06/10/2023 04h00
Arqueólogos encontraram centenas de jarros antigos, de cerca de 5.000 anos, com restos de vinho. A descoberta foi feita na tumba da rainha Merneith, no Egito.
O que aconteceu:
Frascos nunca abertos. Pesquisadores de uma expedição conjunta egípcia, alemã e austríaca, que trabalhavam na tumba da rainha Merneith na região de Abidos, na cidade de Soague, descobriram os frascos, que nunca haviam sido abertos. Neles, havia restos de vinho de cerca de 5.000 anos.
Abidos é um dos sítios arqueológicos mais antigos e importantes do Egito. Localizado a cerca de 11 km a oeste do rio Nilo, o local sagrado tem vista para um vale. A região abriga diversos túmulos importantes do início do período dinástico no país.
Descobertas. Além dos jarros antigos, foi encontrada uma coleção de móveis funerários. No local, também existe um conjunto de 41 túmulos, que seriam dos servos da rainha, indicando que os enterros aconteceram em diferentes épocas.
Ótimo estado de conservação. Os detalhes da descoberta foram compartilhados pelo Ministério do Turismo e Arqueologia do Egito em publicação no Facebook. No post, Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Arqueologia do país, observou que a descoberta é grande e está em boas condições de conservação.
Detalhes sobre a vida da rainha
Informações históricas. Ainda na mesma publicação na rede social, Dietersh Rao, diretor do Instituto Alemão no Cairo, afirmou que as escavações também revelaram novas informações históricas sobre a vida da rainha Merneith e o seu reinado.
Importância na sociedade da época. Segundo o estudioso, placas encontradas dentro do cemitério escavado mostraram que ela tinha uma exercia uma boa posição na sociedade egípcia, porque era encarregada dos escritórios do governo central.
Nome vem da deusa Neith. Acredita-se que Merneith tenha assumido o poder no Egito por volta de 3.050 a 3.000 a.C. após o falecimento de seu marido Djet, provavelmente o 3º ou 4º faraó da Primeira Dinastia, de acordo com informações do site Ancient Origins. Ela se destaca na história egípcia com seu nome ligado à deusa Neith, que significa "Amada por Neith", e seu túmulo foi descoberto em 1900, por Flinders Petrie.