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Do joinha à figa: cuidado, estes gestos comuns podem ofender no exterior

Imagem: Getty Images

De Nossa, em São Paulo

12/10/2023 04h00

Imergir em idiomas, religiões e hábitos gastronômicos desconhecidos e conhecer a enorme diversidade humana do planeta é um dos pontos altos de qualquer viagem. Mas, atenção, não saber alguns aspectos de culturas não tão familiares à sua pode gerar inconvenientes: um simples gesto, inocente do ponto de vista de quem o faz, pode arruinar qualquer tentativa de interação social em um país estrangeiro.

Por exemplo, tome cuidado ao tirar fotos de pessoas em países africanos e asiáticos. Em muitas regiões dos dois continentes, principalmente nas zonas rurais, há nativos que consideram que a fotografia pode lhes roubar a alma. Sempre peça autorização para fazer um retrato.

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Joinha

O polegar pra cima é um sinal que os brasileiros consideram como a expressão universal da aprovação — e ele realmente é, em países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá. Mas no Irã e na Tailândia pode ser entendido como uma manifestação de desprezo (no território persa ele expressa um bom "vai tomar naquele lugar").

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Pare

Este gesto, que usamos para dizer pare, tem um nome na Grécia: "moutza". Lá, apontar a palma da mão para outra pessoa é uma das formas mais agressivas de insulto, que remonta à época bizantina, quando o povo jogava fezes e outras sujeiras em criminosos expostos em praça pública. Hoje, se você fizer isso na Grécia, os nativos entenderão como uma mensagem de "vai para aquele lugar" ou até de "eu vou ter relações sexuais com a tua irmã".

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Barulho ao sorver

Não faça cara feia se, ao entrar em um restaurante no Japão, você ouvir seu vizinho de mesa sorvendo ruidosamente seu macarrão oriental. A prática é normal no país e geralmente mostra que você está adorando o prato. Imite-o à vontade.

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Ma che cazzo

O gesto que é visto constantemente na Itália geralmente denota indignação, no estilo "que diabos é isto que você está fazendo?". Mas, em outros lugares do mundo, pode significar outras coisas. Ao fazê-lo, por exemplo, os egípcios pedem paciência para um interlocutor apressado. Já na Turquia, ele é um elogio, querendo dizer que algo (ou alguém) é bonito.

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Sapato apontados

Sapatos são objetos considerados imundos em países árabes e/ou muçulmanos. Além de saber que será necessário tirar seu pisante antes de entrar em certos lugares, especialmente os sagrados como mesquitas, evite apontar sua sola para outras pessoas, que podem se ofender com o ato.

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Comer com a mão

Os indianos costumam realizar muitas atividades com a mão, incluindo comer (não só sanduíches, mas pratos inteiros) e limpar-se depois de fazer o número 2 (a higiene se dá com a ajuda de um baldinho cheio de água). Mas lembre-se: os indianos sempre se limpam com a mão esquerda, e reservam a mão direita para lidar com a comida. Mesmo que você esteja viajando com o papel higiênico da mochila, nunca toque em sua refeição com a mão esquerda: se o fizer, os nativos vão te considerar um porcão.

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V de vitória

Para muitos brasileiros este é apenas o símbolo da vitória, mas no Reino Unido, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia, o gesto é interpretado como um dedo médio em riste. Dizem que durante a Guerra dos Cem Anos, os arqueiros ingleses, quando capturados pelos franceses, tinham cortados seus dedos médios e indicadores, para não mais operar o arco e flecha. Antes das batalhas, porém, os ingleses faziam o símbolo do V com a mão para provocar os combatentes da França, em um jeito de dizer: "vamos matá-los na flechada antes de vocês conseguirem amputar estes dedos aqui". A gesticulação só é ofensiva se feita com o peito da mão virado para o interlocutor.

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Dedos cruzados

Brasileiros adoram cruzar os dedos ao desejar sorte para algo ou alguém. O gesto é bem aceito nos países de língua inglesa, mas vira uma grande ofensa no Vietnã, onde ele é relacionado com a genitália feminina.

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Vem cá

Jamais faça este gesto de "venha aqui" nas Filipinas: no país asiático, ele é considerado muito ofensivo, pois indica um total menosprezo pelo interlocutor, mostrando que você o considera um cachorro.

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Figuinha

No Brasil, a figa é um símbolo contra o azar. Mas na Itália o gesto é associado à genitália feminina e pode ofender. Evite fazer isso também na Turquia e na Índia, que também o consideram desrespeitoso.

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Entrega educada

Poucos povos do mundo são tão educados quanto os japoneses. Um gesto de respeito disseminado no país asiático (e que os turistas devem imitar) é sempre usar as duas mãos para entregar algo a outra pessoa — principalmente dinheiro.

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OK!

Este é um gesto considerado rude no Brasil, mas é bem aceito em diversas nações anglófonas do mundo, como Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Nestes países, o símbolo significa algo como "muito bem": faça-o se você quiser mostrar contentamento. O sinal, entretanto, também é potencialmente ofensivo na Alemanha e na Turquia.

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Chifrinho

No Brasil, este gesto é muito usado por fãs de heavy metal, mas, dependendo do contexto, pode significar "você é um chifrudo!". Esta conotação também existe em países da Europa como Itália, Espanha e Portugal. Então cuidado ao usá-lo: você pode estar jogando dúvidas sobre a fidelidade do par de alguém.

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Mindinho

Nos Estados Unidos, gesticular o dedo mindinho para um homem pode mostrar que você acha que ele tem um pênis pequeno.

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Toque na cabeça

Evite tocar na cabeça das pessoas (inclusiva crianças) em países majoritariamente budistas, em especial na Tailândia e no Laos. Nesses locais, a cabeça é considerada como uma parte sagrada do corpo.

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Atraso

Sim, no Brasil é normal que as pessoas atrasem um pouco (ou muito) para chegar a um compromisso. Mas, em países como Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Inglaterra, Austrália e Japão, esse relaxamento verde e amarelo é visto como uma tremenda falta de respeito (tanto para encontros profissionais como pessoais). Seja sempre pontual no exterior.

Imagem: Zhang Duan/Xinhua

Fotos

Tome cuidado ao tirar fotos de pessoas em países africanos e asiáticos. Em muitas regiões dos dois continentes, principalmente nas zonas rurais, há nativos que consideram que a fotografia pode lhes roubar a alma. Sempre peça autorização para fazer um retrato.

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