De quanto em quanto tempo precisa dar banho no pet? Saiba cuidar bem do seu

Além de carinho e atenção, os pets precisam de cuidados básicos, como a higiene. Mas você sabe de quanto em quanto tempo precisa dar banho ou tosar seu "melhor amigo"? E como escolher um bom pet shop para isso?

Antes de tudo é preciso entender que os pets têm necessidades diferentes das nossas. Enquanto os humanos —pelo menos aqui no Brasil— costumam tomar banho todos os dias, o mesmo não deve ser aplicado ao animal (você deve saber).

"O excesso de banhos pode reduzir a camada lipídica, que protege a pele do animal, e favorecer o aparecimento de irritações, como dermatites", explica Rosangela Gebara, médica-veterinária e membra da Comissão de Bem-Estar Animal do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária).

A especialista explica também que —ao contrário do que muitos podem pensar— voltar extremamente perfumado do banho não é um bom sinal para o cão.

Como o olfato dos cachorros é extremamente sensível, o uso de produtos com odor forte pode causar angústia e desconforto ao animal e deve ser evitado.
Rosangela Gebara, veterinária

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Imagem: Getty Images

Quando dar banho?

Não existe uma regra universal sobre frequência de banho dos pets. De acordo com Joelma de Faria Santos, médica veterinária e residente da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da UFPR (Universidade Federal do Paraná), cada caso deve ser analisado a partir de fatores individuais, como pelagem e estilo de vida.

Veja a frequência "média" indicada por Santos para cada pet:

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A cada 2 meses: Cães com pelagem curta e lisa, como Dobermans e Boxers, geralmente não precisam de banhos frequentes —um banho a cada 60 dias é suficiente;

De 4 a 6 semanas: Cães de pelagem média, como Golden Retrievers e o Cocker Spaniels;

Uma vez por mês: Para os de pelagem curta e densa, como os Labradores Retrievers;

De 2 a 4 semanas: Frequência indicada para cachorros de pelo longo e denso, como Shih Tzus ou Malteses.

Joelma Santos explica que esse período deve variar conforme os hábitos de cada cão. Aqueles muito ativos e mantidos ao ar livre podem demandar banho e tosa com mais regularidade. Assim, segundo ela, é essencial observar sinais, como sujeira nos pelos e o odor, que podem indicar necessidade de limpeza.

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Em relação aos gatos, a história é outra. Por meio das lambidas, eles se higienizam e, portanto, os banhos só devem acontecer em circunstâncias específicas.

Quando estão doentes, felinos com muito pelo podem precisar de banho ou tosa higiênica --casos em que é importante contatar um veterinário.
Rosangela Gebara, veterinária

Cuidados para levar até o pet shop

O transporte até o local onde ocorrem os cuidados com a higiene faz parte da rotina do pet e requer atenção. Para Tatiana Charello Bannach, médica veterinária e doutoranda em ciência animal pela PUC-PR, um erro comum a ser evitado nessa etapa é o transporte do animal solto no carro, que pode atrapalhar o motorista e ocasionar acidentes.

"Os gatos devem estar em caixas de transporte arejadas e forradas com tapetinhos higiênicos, assim como cachorros, que também podem ter o peitoral preso ao cinto de segurança".

Antes, porém, é preciso escolher a caixa de transporte certa.

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Ela deve ser segura contra fugas --com travas e zíperes resistentes-- e com ventilação adequada. Sobre o tamanho, o animal deve conseguir ficar de pé, dar meia volta e se deitar confortavelmente dentro da caixa".
Joelma Santos, veterinária

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Outra atitude que deve ser evitada, pois pode até ser fatal, é deixar o animal sozinho no carro. Segundo Rosangela Gebara, com o aumento da temperatura em um veículo estacionado, no sol ou na sombra, em dias quentes e com as janelas fechadas, cães podem desmaiar e morrer em apenas 15 minutos.

Pela mesma razão, se for levar o pet a pé até o local do banho, evite os horários mais quentes. Como eles pisam diretamente no chão, se a superfície estiver muito quente, pode causar queimaduras e ainda provocar mal-estar no animal.

Como escolher o pet shop?

Por ser um lugar onde o pet passa bastante tempo, muitas vezes sozinho, a escolha do pet shop deve ser consciente. Um ponto que, segundo as especialistas, deve ser levado em consideração é a transparência do local, que pode ser identificada por áreas de banho e tosa visíveis e câmeras de segurança instaladas no ambiente.

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Outro fator a ser analisado é a adequação do local. Para isso, observe se há mecanismos antifuga, como telas, janelas e portas fechadas, além de espaços separados, limpos e apropriados para que o animal fique depois do banho até a hora de ir embora.

Quando possível, dê preferência a estabelecimentos que além do banho e tosa contam com profissionais de saúde. "Caso algum problema seja identificado no banho, por exemplo, ele pode ser direcionado ao veterinário", explica Rosangela Gebara.

A forma como os funcionários tratam os animais também deve ser observada, acrescenta. "Além do bem-estar físico, o mental deve ser considerado e, para isso, é preciso ter empatia e sensibilidade no trato com o animal."

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