Prepare-se, turista: estes lugares de férias no Brasil cobram taxas
Hospedagem, deslocamento, alimentação, passeios e... taxas para turistas. Visitar certos destinos brasileiros significa incluir um gasto a mais no planejamento financeiro. São locais que cobram valores geralmente vinculados à conservação ambiental da região ou para controlar a quantidade de visitantes.
A seguir, listamos alguns dos lugares mais populares no Brasil que adotaram cobranças específicas.
Ubatuba (SP)
Quem seguir para um dos lugares mais cobiçados do litoral norte neste verão pode estranhar a cobrança da Taxa de Proteção Ambiental (TPA) instituída em fevereiro passado. O município paulista cobra diárias que vão de R$ 3,50 (motocicletas e motonetas) e R$ 13 (veículos de pequeno porte) a R$ 59 (micro-ônibus e caminhões) e R$ 92 (ônibus) e devem ser quitadas ao sair da cidade. O não pagamento acarreta multas.
Mais informações no site da ECO Ubatuba: https://www.ecoubatuba.com.br/
Fernando de Noronha (PE)
A taxa ambiental no arquipélago mais famoso do Brasil é cobrada há mais de 30 anos e é aplicada por pessoa. Ali, também são considerados os dias de permanência no local. Os valores começam em R$ 92,89 (1 dia) e podem chegar a R$ 6.550,33 (30 dias). Caso o visitante fique além do prazo máximo previsto, sem autorização da Administração Geral, os dias excedentes serão cobrados em dobro.
Todos os valores e meios de pagamento estão disponíveis no site de Fernando de Noronha: https://www.noronha.pe.gov.br/catalogo-de-servicos/taxa-de-preservacao-ambiental-tpa/
Jericoacoara (CE)
Outro destino bastante procurado, Jericoacoara, no Ceará, tem sua Taxa de Turismo Sustentável no valor de R$ 41,50 por visitante, válida para 10 dias. Se o turista quiser ficar mais tempo, terá de pagar diárias extras de R$ 4,15. É possível antecipar pela web, através do site da Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara (https://speedgov.com.br/satjij/servlet/com.satweb.gerataxatur2), ou quitar na entrada da vila e no posto BR do município.
Morro de São Paulo (BA)
Para acessar a vila a pouco mais de 60 quilômetros de Salvador, todo visitante deve pagar R$ 30, referentes à Tupa (Tarifa de Preservação e Uso do Patrimônio do Arquipélago Municipal). A taxa é válida para 30 dias e cobrada no píer de desembarque ou antecipadamente, via site (https://tarifa.tupadigital.com.br/tarifas) e aplicativo. Como nos demais destinos que adotam tarifação, há casos de isenção e meia-entrada, que podem ser conferidos na web (https://www.tupadigital.com.br/).
Bombinhas (SC)
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Quero receberDestino muito procurado no litoral catarinense, o balneário adota uma taxa durante o período que vai de 15 novembro a 15 de abril, considerado alta temporada. Em Bombinhas, os valores são cobrados por veículos - R$ 4 (motocicletas, motonetas e bicicletas a motor), R$ 35 (veículos de pequeno porte), R$ 52,50 (utilitários), R$ 70 (vans micro-ônibus, motorhomes), R$ 105,50 (caminhões) e R$ 175,50 (ônibus). O pagamento pode ser feito em pontos comerciais credenciados, via aplicativo ou automaticamente, com tags - Sem Parar e ConectCar, por exemplo.
Mais informações no site: https://www.tpabombinhas.com.br/#/consulta
Pipa (RN)
Desde julho passado, a Prefeitura de Tibau do Sul é a responsável pela cobrança da taxa no valor de R$ 10 por visitante que fizer passeios na área do Chapadão de Pipa, um dos pontos turísticos mais buscados na famosa praia. A taxa vale para quem usar veículos, sobretudo quadriciclos e jipes. Até então, o valor era cobrado pelas próprias empresas que prestavam os serviços. O pagamento deve ser feito diretamente aos fiscais, que circulam pelo atrativo.
Mais detalhes via redes sociais.
Santo Amaro (MA)
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses não cobra taxa para circulação dos turistas, mas Santo Amaro, que é um dos principais acessos à área protegida, passou a aplicar uma taxa individual de R$ 10, válida por 3 dias. Se o visitante ficar mais tempo, deverá pagá-la novamente. Moradores do município e da vizinha Primeira Cruz são isentos e o pagamento deve ser feito no estacionamento municipal ou na Secretaria de Turismo.
Outros detalhes no site da prefeitura
Abrolhos (BA)
O arquipélago baiano também cobra ingresso dos turistas, que deve ser quitado junto ao pagamento das visitas organizadas por empresas autorizadas, a partir de Caravelas, a cidade mais próxima. O acesso custa R$ 104 para estrangeiros. Brasileiros têm desconto de 50% e pagam R$ 52. Moradores do Mercosul desembolsam 25% menos (R$ 78), enquanto a taxa para quem reside nos municípios dentro da Costa das Baleias é de R$ 10 (desconto de 90%).
Mais informações no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que administra Abrolhos.
Muitos outros destinos, como Ilhabela (SP), Bonito (MS) e Gramado (RS), já sinalizaram a cobrança de taxas ambientais, mas, por motivos variados, estão suspensas no momento ou ainda não entraram em vigor.
Cobrança para quem vai em excursão
Alguns lugares adotam taxas para veículos de empresas que organizam excursões, como é o caso de Porto Seguro, na Bahia, e Guarujá, em São Paulo.
Na agitada estância turística baiana, veículos que transportam grupos de pessoas devem saldar a tarifa de acesso e circulação, que começa em R$ 131,54* (vans e similares de excursão com hospedagem) e chega a R$ 2.812,15* (ônibus de excursão sem reserva ou com hospedagem em imóvel que não é cadastrado).
A tarifa é válida para permanência de 7 dias. Após o período, a diária custa 10% do valor. A lista de preços dos selos (* definidos para verão 2022/2023) pode ser conferida no site de turismo de Porto Seguro (https://www.portosegurotur.com/).
Na paulista Guarujá, a taxa para entrada de veículos de turismo, estipulada pelo período máximo de 24 horas de permanência, vai de R$ 920 (motorhome, trailer e camper) a R$ 4.260 (ônibus). Os pedidos de acesso devem ser feitos em até 7 dias antes da chegada à cidade.
Mais instruções e formulário na página da prefeitura https://www.guaruja.sp.gov.br/entrada-de-veiculos-de-turismo/.
Nem todos parques nacionais cobram
O Brasil tem mais de 70 parques ambientais espalhados de Norte a Sul. Boa parte deles não cobra ingresso para acessá-lo, mas o turista deve prever gastos com trekkings, oferecidos por empresas particulares; contratação de guias (às vezes, obrigatória) e taxas para acessar atrações naturais, dentro de propriedades particulares.
Os parques nacionais da Chapada das Mesas, no Maranhão, e da Chapada Diamantina, na Bahia, são dois que oferecem acesso livre, mas contam com uma série de passeios em cachoeiras, piscinas naturais, mirantes e afins, que incluem ingressos.
Os valores costumam oscilar de R$ 20 a R$ 80, por pessoa, dependendo da atração a ser visitada. Por isso, recomenda-se fazer um roteiro prévio com os pontos turísticos que deseja conhecer e pesquisar o valor cobrado em cada um deles para o orçamento não estourar.
Há, porém, parques que cobram pelo acesso. É o que acontece na Chapada dos Veadeiros (https://www.icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros/guia-do-visitante.html), em Goiás, cujo ingresso para visitação custa R$ 45 (inteira), R$ 22,50 (meia-entrada) e R$ 4 (moradores do entorno), por dia e por pessoa.
Em Foz do Iguaçu, no Paraná, o acesso ao Parque Nacional das Cataratas sai a partir de R$ 75 para brasileiros e moradores do Mercosul e a partir de R$ 83 para turistas estrangeiros. O passe comunidade, para quem reside na região, sai por R$ 17. Crianças com menos de 6 anos são isentas. Mais informações e aquisição prévia do ingresso podem ser encontradas no site da administração do parque (https://cataratasdoiguacu.com.br/ingressos/).
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