7 cidades monocromáticas ao redor do mundo que parecem cenário de filme
Uma das grandes tendências do turismo dos últimos anos é a dos "destinos instagramáveis" — em que viajantes não só se baseiam nas descobertas de belas paisagens pelo Instagram na hora de decidir seu próximo destino, como também escolhem locais para visitar justamente pelos cliques que podem render para as redes sociais.
Estas sete cidades selecionadas pela revista especializada em arquitetura Architectural Digest possuem um atrativo e tanto para quem a estética é um fator decisivo na hora da compra da passagem. Perfeitamente simétricas e coordenadas em suas paletas, suas arquiteturas monocromáticas parecem saídas de um filme do diretor americano Wes Anderson ("O Grande Hotel Budapeste", "Moonrise Kingdom" e "Viagem a Darjeeling").
Confira a lista:
Olvera, na Espanha
Várias comunidades desta região são dominada pelas casinhas brancas. Segundo o órgão oficial de turismo da Espanha, os Vilarejos Brancos da Andaluzia (como são conhecidos oficialmente) estão espalhados pela costa das províncias de Málaga e Cadiz. Nesta última é que está localizada Olvera, em uma das 19 paradas da rota.
Segundo a Architectural Digest, há diversas teorias para o motivo por trás da coloração: enquanto alguns acreditam que o branco protege as construções do sol do Mediterrâneo, outros atribuem à pintura a um método de combate a bactérias durante as epidemias na Península Ibérica, nos séculos 16 e 19.
Izamal, no México
Terra ancestral da civilização maia, a região de Iucatã (ou Yucatán, em espanhol) foi colonizada pelos espanhóis no século 16 e, da mesma forma como se encontram cidades monocromáticas na metrópole, a colônia mexicana possui suas representantes. A razão para a coloração, no entanto, também é discutível.
Há quem diga que Izamal foi colorida de amarelo em homenagem a uma visita do papa João Paulo 2º em 1993, mas a arqueóloga e guia turística Julia Miller lembrou à CNN americana que a cidade já era desta cor bem antes disso. Segundo o órgão de turismo de Yucatán, a paleta de cores de Izamal foi escolhida "pela vontade de autoridades e vizinhos".
Chefchaouen, no Marrocos
A cidade no norte do país africano é famosa pelo seu tom de azul royal, que recobre não só fachadas de casas, como também escadarias, ruas e becos.
Como no caso das anteriores, não há um consenso sobre o porquê da coloração, mas algumas teorias são famosas: o azul repeliria mosquitos ou simbolizaria os céus ou o Mar Mediterrâneo. Também tem até quem diga que esta é uma cor importante para os judeus — diversos teriam buscado refúgio na área no século 15, fugindo de perseguições, e colorindo a cidade neste meio-tempo.
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Quero receberJodhpur, na Índia
Azulou de novo! Jodhpur, no estado do Rajastão, fica bem longe de Chefchaouen, mas elas são igualmente vibrantes. No caso da representante indiana, o tom teria sido escolhido para representar a casta dos Brâmanes — a mais alta no sistema do país — que possuía uma grande comunidade vivendo ali. Por isso, sua paleta seria uma espécie de motivo de orgulho local.
No entanto, outra teoria aponta que a cor do céu foi escolhida para manter as casas mais frias no meio do clima desértico, segundo a revista americana.
Ilhas Banwol e Bakji, na Coreia do Sul
Célebres pela sua cor roxa, as pequenas ilhas de Banwol e Bakji — que juntas possuem apenas cerca de 150 habitantes — agora formam uma única entidade turística, segundo a Organização Mundial do Turismo: a Ilha Púrpura. Desde o início, sua paisagem também se trata de estratégia para atrair visitantes para a costa oeste do país: foi o governo local quem coloriu ruas, telhados de casas, telefones, lojas e pontes na cor.
Curiosos para ver de perto as ilhas roxas — ligadas por uma ponte no mesmo tom — ainda encontram plantas púrpura, como mais de 30 mil espécimes de Áster-da-Nova-Inglaterra e quase 2 mil metros quadrados de lavandas.
Collonges-la-Rouge, na França
O nome dá a pista: esta Collonges é "rouge" graças à cor avermelhada presente em quase todos os prédios do vilarejo medieval na região de Nouvelle-Aquitaine, construído em arenito vermelho. O clima de contos de fada e seus detalhes arquitetônicos, além da tonalidade enferrujada, são uma herança do estilo local no século 8, quando monges da Abadia de Charroux estabeleceram um mosteiro na área.
Jaipur, na Índia
A capital do Rajastão, a cerca de oito horas de carro da azulada Jodhpur, se tornou rosa em preparação para uma visita do Príncipe de Gales (futuro rei Edward 7º), em 1876. Foi Sawai Ram Singh 2º — Maharaja ou 'rei' de Jaipur — conhecido pelas suas ambiciosas obras de modernização local, quem decidiu colorir a cidade.
Hoje, a Unesco não só reconhece oficialmente o local como "A Cidade Rosa da Índia", como também como Patrimônio da Humanidade. Seu principal cartão postal é o Hawa Mahal, construção em arenito rosa e vermelho, apelidada de "Palácio dos Ventos", graças ao seu eficiente sistema de ventilação, que também é o mais alto prédio do mundo sem uma fundação.
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