Árvores frutíferas pequenas: 10 tipos perfeitos para ter dentro de casa
Colaboração para Nossa
03/01/2024 04h00
Comuns em fazendas e sítios, espécies de árvores frutíferas se popularizaram no ambiente urbano e são vistas em varandas e quintais nas grandes cidades. Algumas das mais conhecidas são a jabuticabeira, o limoeiro, a pitangueira ou a amoreira.
Mas para tê-las em vaso ou no canteiro é preciso tomar alguns cuidados. Por exemplo, se o espaço for estreito, mesmo as espécies menores vão demandar profundidade suficiente para que as raízes se desenvolvam.
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E para que todas fiquem mais saudáveis e deem mais frutos, o sol é essencial.
Nossa te dá as dicas de cultivo para 10 variedades, algumas bem incomuns e brasileiras.
Aproveite a sombra e saboreie esta fruta fresquinha, direto do pé.
Limoeiro siciliano (Citrus limon)
Nativa das encostas do mediterrâneo, essa árvore cresce rapidamente e tem estrutura firme. O método mais seguro de reproduzi-la em casa é por meio de mudas. Para que o caule não atinja uma altura superior a três metros, desenvolva-o em um vaso com até cem litros de capacidade. Se a planta estiver sob sol pleno, a rega deve ser feita de uma a duas vezes por semana, mas sem encharcar o solo. Após dois anos a contar do plantio, nascem as flores e, em seguida, os frutos.
Amoreira (Morus insignis)
Essa árvore rústica pode ser cultivada no quintal de casa, por meio de mudas. A espécie se adapta a todo tipo de solo, mas é bastante sensível à falta de umidade, necessitando de regas duas vezes por semana. Na sombra, seus galhos crescem em busca de luminosidade e por isso requerem podas frequentes. Em vasos, a amoreira atinge cerca de um metro de altura e gera frutos cerca de um ano e meio após o plantio.
Araçazeiro (Psidium cattleianum)
Ameaçada de extinção no interior de São Paulo, a espécie pode ser cultivada em casa por meio de sementes ou mudas, mas requer solo úmido e local bem iluminado. Seu fruto, o araçá, lembra a goiaba e tem coloração que varia do amarelo ao vermelho. Tanto a frutificação como as florações se dão entre a primavera e o verão. O inverno é o período em que a planta se recompõe e precisa ser adubada. Em vasos com profundidade de até 50 cm, pode atingir dois metros.
Jabuticabeira (Myrciaria cauliflora)
Ornamental, essa árvore dá frutos doces em formato de bolinhas escuras e se desenvolve com mais facilidade em regiões frias, resistindo bem às geadas. Para plantá-la diretamente no solo, considere o porte do exemplar adulto, que pode chegar a dez metros de altura. Em vasos, o crescimento fica limitado a dois metros. No verão, as regas devem ser diárias, para que a terra seja mantida sempre fresca. Apesar de resistente, a jabuticabeira sofre e pode até morrer se mantida em locais sombreados, portanto, deixe-a sob o sol.
Aceroleira (Malpighia glabra)
Comum no nordeste brasileiro, essa árvore pode florescer e dar frutos cerca de três vezes ao ano, sob qualquer tipo de clima. No sudeste, as variedades mais cultivadas são olivier e waldy-CATI, mas também existem outras como flor-branca, okinawa e sertaneja. O plantio deve ser feito por meio de mudas e em locais com bastante incidência de raios solares. Em vasos ou canteiros com até 2,25 m², a árvore chega a atingir dois metros de altura.
Laranjeira Kinkan (Fortunella margarita)
Também conhecida como kumquat, essa espécie de origem chinesa germina e se desenvolve como qualquer laranjeira e não requer muitos cuidados. Se estiver plantada no vaso, o trato essencial é a adição de cascalhos para que a água da rega drene completamente e as raízes não apodreçam. Seu porte atinge a média de três metros e a floração ocorre entre a primavera e o verão, mas os frutos despontam somente no outono. Se mantida sob sol pleno, a árvore frutifica mais de uma vez ao ano.
Grumixameira (Eugenia brasilienses)
Se nas florestas da Mata Atlântica essa árvore chega a 15 metros de altura, em casa o cultivar atinge de um a três metros. A explicação para a redução do porte tem a ver, além do condicionamento dado pelo vaso, com o tempo de maturação das mudas, que ultrapassa os dois anos. Para fazer o plantio é necessário um vaso com fundura de aproximadamente 60 cm e boa iluminação. As regas são diárias e o resultado final são frutinhos com sabor misto de pitanga e jabuticaba.
Pitangueira (Eugenia uniflora)
Genuinamente brasileira, essa arvorezinha de formato tortuoso se desenvolve melhor em regiões de clima quente e úmido. Muito utilizada no paisagismo, contribui para a arborização de terraços e cresce até dois metros, quando cultivada em vasos de diâmetro generoso. Para que, ao mesmo tempo floresça e dê frutos avermelhados, precisa de banhos de sol constantes e regas diárias. Por exalar perfume doce e levemente ácido, é uma das preferidas dos passarinhos.
Romãzeira (Punica granatum)
Em fase de germinação, as sementes desse arbusto necessitam apenas de claridade e adubação com matéria orgânica para se desenvolver. A rega deve ser feita a partir da observação do solo, que precisa ser mantido mais seco. Já maiorzinha, a arvoreta requer um espaço que receba sol constantemente. Se seguidos tais passos, no segundo ano após o plantio, as chances de seus frutos virem graúdos são grandes. Para o cultivo em vaso e canteiros pequenos, prefira a versão "mini", que cresce cerca de dois metros.
Cerejeira (Cerasus)
O pé que dá a cereja se originou no Japão e ganhou fama mundo afora por sua floração cor de rosa. Se você sonha com um exemplar desses no quintal de casa, saiba que é possível, mas esteja preparado para a frequência de manutenção exigida. Com a queda das folhas e flores no inverno, a árvore atrai muitos pássaros em busca das sementes. O plantio comum pode ser feito por meio de sementes ou mudas, que chegam a atingir dois metros de altura em vasos. Dentro de casa é recomendável cultivá-la como bonsai.
Fontes: Daniela Costa e Regiane Freitas, paisagistas da Dríades Paisagismo; e Paulo Trigo, arquiteto da TETO Arquitetura Sustentável.