As 10 cidades mais caras do mundo para se viver, segundo ranking de revista
Colaboração para Nossa
10/03/2024 04h03
A cidade de Zurique, na Suíça, e a Cidade-Estado de Cingapura são os destinos mais caros para se viver na atualidade.
A conclusão é do mais recente Índice Global de Custo de Vida da The Economist Intelligence Unit, centro de estudos de uma das mais tradicionais revistas de economia e mercado do mundo.
De acordo com os dados divulgados inicialmente pela "The Economist" em novembro de 2023, o custo de vida de uma cidade geralmente está associado à situação sociopolítica e econômica da região, sendo afetado por fatores como flutuações de câmbio, políticas tributárias, o cenário econômico, conflitos armados na região etc. Confira o top 10:
1ª: Zurique, na Suíça
Zurique ficou empatada com Cingapura como a cidade mais cara.
No caso da metrópole suíça, o motivo para o custo de vida mais elevado do planeta é a força do franco suíço —moeda local que se valorizou em 10% sobre o dólar no último ano—, segundo a The Economist, além de altos custos de alimentação, produtos para casa (como os de limpeza) e atividades de lazer.
1ª Cidade-Estado de Cingapura
Cingapura está há 10 anos no topo do ranking das cidades mais caras do mundo para se viver —algumas vezes dividindo a posição com outra cidade, outras não.
O motivo? Por lá, transporte e vestuário têm custos bem maiores do que a média mundial.
3ª: Genebra, na Suíça
Genebra ficou empatada com Nova York na terceira posição.
Além da força da moeda local, a cidade suíça tem como motivo para sua aparição no terceiro lugar os altos impostos, um problema que também afeta a primeira colocada e conterrânea Zurique.
3ª: Nova York, nos EUA
A cidade aparece no top 10 desde o início da pandemia e ocupou a liderança do ranking em 2022, junto com Cingapura.
Apesar de ter caído um pouco e, portanto, ter se tornado comparativamente mais "barata", a crise econômica trazida pela covid-19 e a alta inflação nos EUA ainda elevam o custo de vida no país.
Na Big Apple, em específico, o mercado imobiliário é um grande responsável pelo alto custo de vida, graças à competição por espaço, gentrificação e um grande número de propriedades que se tornaram imóveis por temporada, diminuindo a oferta de residências para alugar ou vender e aumentando os preços.
5ª: Hong Kong, na China
A geografia aqui é um dos motivos pelos quais viver lá é tão caro: seu território está espalhado por mais de 260 ilhas montanhosas, onde terreno para construção de imóveis é escasso —o que torna o preço da moradia extremamente alto, especialmente combinado aos custos de material para obras.
6ª: Los Angeles, nos EUA
Como no caso de Nova York, a inflação dos EUA e as flutuações do dólar no mercado internacional são grandes fatores por trás do alto custo de vida em Los Angeles.
7ª: Paris, na França
Este foi um ano bom para a Cidade Luz: apesar da alta de preços na capital francesa, um enfraquecimento no euro conseguiu manter Paris no fim da lista das mais caras do mundo.
8ª: Tel Aviv, em Israel
A cidade ficou empatada com Copenhague e a "The Economist" ressalta que os dados do estudo foram coletados antes da guerra entre Israel e Hamas e, por isso, não refletem totalmente a situação atual da capital israelense.
Em 2022, Tel Aviv era a terceira cidade mais cara do mundo, mas ela acabou se tornando comparativamente mais econômica nos meses seguintes.
A revista reconhece que o conflito já afetou o câmbio no país e tornou mais complicado conseguir comprar alguns produtos em seus mercados —o que também afeta os preços. Portanto, ao fim de 2024, é possível que israelenses vejam a cidade subir no ranking.
8ª: Copenhague, na Dinamarca (empate)
Com altos impostos —uma taxa de cerca de 25% é imposta a todas as mercadorias e serviços—, a capital dinamarquesa se tornou um destino um tanto salgado para bolsos estrangeiros.
Alguns produtos, como chocolate, tabaco e álcool ainda sofrem com impostos extras.
10ª: São Francisco nos EUA
Os pontos fracos da terceira representante dos EUA na lista são bens de consumo e imóveis —residências, aliás, são bastante caras por lá até para padrões americanos.
No entanto, a situação era ainda mais difícil um ano antes, quando São Francisco ocupava a oitava posição. O motivo da "pechincha"? Seus moradores viram uma recuperação difícil da crise econômica trazida pela covid-19.
E as cidades da América do Sul?
O estudo revelou que as grandes cidades da América Latina estão, na média, se tornando progressivamente mais caras de se morar devido a esforços de diversos países da região para "domar a inflação".
No entanto, nossa vizinha Buenos Aires, capital da Argentina, é uma das 10 cidades mais baratas para se viver em todo o mundo.
No Brasil, Manaus aparece como uma das cinco mais baratas para se viver na América Latina.
E a mais barata?
A cidade mais econômica para se viver atualmente, segundo o ranking da "The Econimist", é Damasco, na Síria.