Tequila ganha o Oscar: conheça destilado servido às celebridades nos EUA
Sergio Crusco
Colaboração para Nossa
14/03/2024 04h03
Um dos momentos mais inesperados da entrega do Oscar, no último domingo (10), foi o brinde de tequila levantado pelo comediante Guillermo Rodriguez.
O assistente de palco de Jimmy Kimmel, que apresentava a cerimônia, "interrompeu" o discurso do chefe para oferecer um coquetel ao ator Colman Domingo. Foi além: brindou com as celebridades, munidas de garrafinhas de 50 ml da tequila extrapremium Don Julio 1942.
Da'Vine Joy Randolph, vencedora da estatueta de melhor atriz coadjuvante, também entrou na onda, postando em seus stories: "Peguei minha tequila Don Julio e agora eles estão distribuindo para todo mundo".
A história da marca com a cerimônia vem de algum tempo. Há sete anos Don Julio é copatrocinadora do Governors Ball, festa concorridíssima, oferecida aos vencedores do Oscar.
E o hype da bebida está tão alto nos EUA que vários famosos lançaram sua marca de tequila: Eva Longoria, Mark Wahlberg, Adam Levine, Nick Jonas, Dwayne "The Rock" Johnson e mais alguns.
George Clooney, pioneiro entre as celebridades tequileras, em 2018 vendeu por 1 bilhão de dólares sua marca, Casamigos, lançada em parceria com o empresário Rande Gerber. Quem comprou foi a inglesa Diageo, maior fabricante de bebidas destiladas do mundo e também detentora da marca Don Julio.
Crescimento estrondoso nos EUA
O consumo de tequila vem crescendo no mundo, especialmente nos Estados Unidos. No ano passado, houve um salto de 5,7% no consumo de tequila em solo estadunidense, em relação a 2022. Ela superou a venda dos american whiskeys (bourbons e outras denominações) e colou na vodca, ameaçando alcançar a primeira posição.
O gráfico de sucesso só fez subir nos últimos anos e hoje, cerca de 70% da tequila consumida na terra de Tio Sam está na categoria premium, a de bebidas elaboradas com 100% do álcool proveniente da fermentação do agave azul.
De acordo com a legislação mexicana, só essa planta pode ser utilizada para a elaboração da bebida. Também é denominação de origem: deve ser produzida apenas nos estados mexicanos de Jalisco, Nayarit, Michoacán, Guanajuato e Tamaulipas.
Três marcas que custam mais de 40 dólares (preço considerado salgado nos EUA) estão entre as três mais vendidas no país. É o que diz o Impact Databank em sua análise de dados.
Portanto, não houve apenas um crescimento da categoria em geral, mas uma mudança de percepção por parte do consumidor, que tem preferido rótulos de melhor qualidade. É exatamente o que a grande indústria da bebida quer fazer acontecer no Brasil.
Teve tequila no samba
Recentemente, a Don Julio 1942 foi protagonista do baile de carnaval do Copacabana Palace, no Rio. A fabricante também serviu no Camarote Número 1 da Sapucaí o drinque Paloma, feito com tequila, grapefruit, limão e xarope de agave.
"Paloma é um coquetel refrescante, gostoso, cítrico e frisante, bem dentro do perfil do brasileiro. Mostra que a categoria tequila é bacana, tem autenticidade, tem a ver com nosso estilo de vida e representa a diversidade da cultura latina", diz Nicola Pietroluongo, gerente de World Class e Advocacy da Diageo.