Esta praia dos EUA tem a areia mais branca e fina do mundo: 'Parece talco'
Os Estados Unidos sabem como atrair turista. E se tem uma região que escancara essa habilidade é Sarasota, a área da Flórida com algumas das praias mais bonitas do país. Sarasota é cidade e é condado (ou seja, engloba pequenas cidades e ilhas) e nem parece que tem 52 mil habitantes.
É cidade pequena com atrações de cidade grande, e os números deixam claro a vocação: só em 2023, o condado de Sarasota recebeu 3,2 milhões de turistas.
Tudo bem que o número abrange norte-americanos e estrangeiros, mas não surpreende. Esses muitos milhões vão para Sarasota atrás dos jardins impecáveis, das galerias de arte, dos ótimos museus (aliás, o trecho é conhecido como a Costa Cultural da Flórida), shows e, especialmente, das praias consagradas como as melhores dos Estados Unidos — detalhe, a só duas horas e meia de carro de Orlando.
O mar é de um azul cintilante que não perde em nada para o Caribe graças à localização na beira do Golfo do México. E o enfeite não para por aí: a areia é a mais branca e fina do mundo, e não é maneira de dizer, não. É que a areia por lá, especialmente na praia de Siesta Key, é composta por cristais de quartzo, que são transparentes e incolores.
Pisar em uma areia assim quase como um talco é uma satisfação para os pés que eles jamais terão experimentado. Aliás, você pode pisar à vontade que, por conta da composição, a areia nunca fica quente.
Sarasota mescla bem o clima praiano com a atmosfera elegante, e o maior símbolo disso é o St. Armands Circle, a rotatória a só duas quadras da praia Lido Beach cercada por 130 lojas de roupas praianas, bares, sorveterias e restaurantes com mesinhas nas calçadas. É algo como o Leblon, mas com o pessoal de rasteirinha, escova e maquiagem aproveitando a boa vida de estar naquele gostoso shopping a céu aberto.
Ir da praia para os restaurantes e dos restaurantes para a praia só para ver o pôr do sol é um programa que vale colocar na agenda. É a Lido Beach a preferida para ver a luz do fim do dia pintando o céu de laranja, ainda que a Siesta Key Beach seja a detentora-mor dos prêmios.
Só para ter uma ideia: a praia de Siesta Key ocupa desde 2015 o ranking do TripAdvisor, ora entre as melhores praias dos Estados Unidos ora entre as melhores do mundo. De 2015 a 2020, por exemplo, foi selecionada pelos usuários como a melhor praia dos Estados Unidos. E em 2024, está no TripAdvisor Travelers' Choice Awards como a segunda melhor praia do país e a nona do mundo.
Tudo bem que praias bonitas o mundo tem de sobra, mas independentemente da colocação no ranking, a Siesta Key é mesmo impactante. O mar é daquele azul que é um prazer para os olhos, a água é praticamente uma piscina e a estrutura é para ninguém passar aperto: tem restaurante, estacionamento (ainda que lote rápido), banheiros, parquinho, quadras e área de piquenique.
E como a estrutura já mostra que a praia abraça todas as idades e gostos, aquelas areias reúnem famílias, casais e grupos de amigos. A galera adora aproveitar que na Siesta Key Beach o álcool é permitido, contanto que não seja em objetos de vidro (enquanto várias partes dos Estados Unidos proíbem até a bebida na rua).
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Com o bronzeado já em dia, dá para ir sem culpa no jardim botânico na beira da baía de Sarasota, o Marie Selby. Não precisa ser louco por plantas para sair de lá embasbacado com o paisagismo do lugar: tem borboletário, jardim de bambu, bromélias, jardim tropical... e com vista para as águas.
Outro ponto que mostra que Sarasota vai muito além das praias é uma atração nada usual: a The Ringling, área que foi propriedade do milionário norte-americano John Ringling e que parece mais na Europa que nos Estados Unidos.
Dá para passar um dia inteiro (ou mesmo dois) ali. Virou um complexo com uma mansão em estilo gótico veneziano de 56 cômodos, jardins espalhados por 267 mil m2, um roseiral, fontes, um teatro italiano do século 18 (italiano mesmo: ocupava um palácio renascentista em Asolo, perto de Veneza, e foi remontado na propriedade em Sarasota) e o museu John and Mable Ringling Museum of Art, formado por 31 galerias.
John Ringling, que viveu de 1866 a 1936, foi magnata na época áurea do circo. Ele e cinco irmãos fundaram o Ringling Bros. Circus, o grande circo da época.
Hoje em dia, parece difícil imaginar a riqueza que deu o circo, mas Ringling e a esposa, por exemplo, construíram a mansão Ca' d'Zan com seus 56 cômodos e muito mármore, e o John and Marble Ringling Museum of Art, que simplesmente representa a 16ª maior coleção de arte dos Estados Unidos.
Ringling investiu em Sarasota quando o lugar era apenas uma vila de pescadores, e entrou em outras 30 operações, de linha ferroviária a produção de petróleo. O negócio entrou em decadência, mas ainda assim ele acabou deixando em testamento toda a propriedade para o Governo do Estado da Flórida.
Junto com a visita à mansão-palacete e ao museu com obras levadas por Ringling da Europa, conheça também algo que só existe naquele complexo: o Museu do Circo.
A história do circo e toda a cultura que o envolve é contada por meio da maior coleção de objetos, como cartazes, jornais e figurinos. Mas a estrela ali é uma maquete de 353 m², mostrando em miniaturas perfeitas os funcionários, as tendas, os trens, artistas, e tudo o mais desse mundo.
Em nenhum outro lugar do mundo uma cidade consegue ser conhecida como a cidade das praias, da cultura e do circo.
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