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Civilizações que desapareceram: as ruínas mais surpreendentes do mundo

Palácio de Cnossos, em Creta, na Grécia Imagem: Pierdelune/Getty Images

Colaboração para Nossa

30/04/2024 04h00

Resquícios de civilizações pré-colombianas, romanas, indus, sumérias, egípcias, gregas e mais resistem até hoje em diversos pontos ao redor do globo, tornando os roteiros de viagens dos apaixonados por História ainda mais interessantes.

A edição francesa da revista Architectural Digest elegeu, neste início de ano, as mais interessantes e surpreendentes na opinião de sua equipe de experts em arquitetura. Conheça as escolhidas:

Palácio do Penhasco de Mesa Verde, nos EUA

Palácio do Penhasco, do Parque Nacional de Mesa Verde, no Colorado, nos EUA Imagem: YinYang/Getty Images/iStockphoto

Entre os penhascos do Parque Nacional de Mesa Verde — no sudoeste do estado americano de Colorado — estão antigas habitações ancestrais dos indígenas Pueblo com uma vista panorâmica para o cânion. Os pueblo ficaram conhecidos justamente por sua arquitetura característica, com casas feitas em argila. Tido como um local sagrado com mais de 700 anos de história, o palácio foi designado pelas Nações Unidas como Patrimônio da Humanidade em 1978.

O atual nome do parque, aliás, vem da descoberta do sítio arqueológico com seus relevos pelos exploradores espanhois — já que os arredores da planície esculpida são cobertas por vegetação.

Palácio de Cnossos, na Grécia

Palácio de Cnossos, em Creta, na Grécia Imagem: Fyletto/Getty Images/iStockphoto

Localizado naquele que foi o berço da civilização com vista para o Mediterrâneo, o palácio na ilha de Creta estaria ligado ao lendário rei Minos, filho do deus Zeus e da humana princesa fenícia Europa. Ele é o mais importante e bem conservado palácio minoico das ihas gregas, com ruínas que ainda contam com placas em mármore, afrescos coloridos, muros de pedra de mais de 3 mil anos e que foram abandonados misteriosamente cerca de mil anos antes de Cristo.

Todas as ruínas estão espalhadas por uma área de 20 mil metros quadrados com design em forma de labirinto — como aquele em que, reza a lenda, o rei Minos mandou prender o Minotauro.

Cidade Fantasma de Kolmanskop, na Namíbia

Cidade Fantasma de Kolmanskop, no deserto da Namíbia Imagem: Wirestock/Getty Images/iStockphoto

Em Kolmanskop, uma cidade inteira se tornou fantasma rodeada pelas dunas do deserto no sul da Namíbia. O choque entre a paisagem natural e as construções humanas fazem do local uma atração turística no país. Erguida em 1908, a cidade era conhecida como um ponto próspero de estação de diamantes que, eventualmente, sumiu ao longo do século 20 e acabou interditada pelas autoridades. Por lá, existem teatros e casas abandonadas com tapeçarias, muros coloridos e móveis soterrados.

Templo Kalasasaya de Tiauanaco, na Bolívia

Templo Kalasasaya de Tiauanaco, na Bolívia Imagem: GISTEL Cezary Wojtkowski/Getty Images

Ao sul do lago Titicaca, a mais de 3.800 metros de altitude, é possível ver os vestígios da civilização pré-colombiana Tiwanaku, que teria vivido seu auge entre os anos 500 e 900 d.C., segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Um dos mais fortes emblemas de sua cultura é o Templo Kalasasaya, com um amplo pátio, altos muros e colunas de pedra ao redor de um dos locais religiosos mais importantes para a população local.

Decorado com estátuas monolíticas e a Porta do Sol, logo na entrada, ele ainda possui 11 pilares que marcam as diferentes posições do astro durante o ano.

Abadia de Jumièges, na França

Abadia de Jumièges, na Normandia, na França Imagem: jfwets/Getty Images/iStockphoto

Descrito com a "ruína mais bela da França" pelo escritor Victor Hugo e considerado um dos mosterios mais antigos e mais importantes de todo o Ocidente, Jumièges foi fundado em 654 por Saint Philibert, abade que foi parte da corte de Dagoberto 1º, rei dos francos. Queimada pelos vikings, eventualmente reconstruída, destruída durante a Guerra dos Cem Anos e invadida pelos ingleses durante o século 15, a abadia beneditina na Normandia finalmente encontrou seu fim e foi saqueada durante a Revolução Francesa. Em seu centro resiste apenas uma árvore, um teixo de 500 anos.

Tumba Coríntia, na Jordânia

Tumba Coríntia do 'Tesouro do Faraó', em Petra, na Jordânia Imagem: Gargolas/Getty Images/iStockphoto

Esculpida em arenito, a imponente fachada da tumba guarda elementos da influência romana no reino Nabateu e é uma das mais conhecidas paisagens da cidade antiga de Petra, na Jordânia. Influenciada pelas artes e arquitetura de Alexandria, o complexo de Al-Khazneh ("Tesouro do Faraó") teria ganhado seu nome graças a uma suposta urna de pedra seu segundo andar. Esculturas de mais de 2 mil anos em tons avermelhados são a marca registrada da fachada de 46 metros de altura.

Templo Ta Prohm, no Camboja

Templo Ta Prohm, no Parque Arqueológico Angkor, Siem Reap, Camboja Imagem: Watcharapol Lerlerttaiyanupap/Getty Images

Situado em meio à floresta aos arredores da cidade de Siem Reap, o templo Ta Prohm foi construído entre os séculos 12 e 13 e originalmente se chamava Rajavihara ("Mosteiro do Rei"), mas acabou rebatizado. Considerado um Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1992, ele entrou para o imaginário popular com um terceiro nome: o "Templo Tomb Raider", graças à sua aparição no filme com Angelina Jolie.

"Seguradas" pelas raízes que as enlaçam, as ruínas se incorporaram à paisagem do Parque Arqueológico Angkor Wat.

Biblioteca de Celso, na Turquia

Biblioteca de Celso, em Éfeso (atualmente Selçuk, na Turquia) Imagem: szirtesi/Getty Images/iStockphoto

O que sobrou do prédio romano era o coração da antiga cidade de Éfeso no segundo século depois de Cristo e aparece até em notas de dinheiro no país. Dedicada pelo governador da cidade ao seu pai, a biblioteca começou a ser construída no ano 117 e teria abrigado, em certo ponto, mais de 12 mil obras que a teria garantido o título de terceira maior do mundo àquela época — atrás apenas da Biblioteca de Alexandria e de Pérgamo.

Há algumas teorias para a sua destruição: parte de sua estrutura teria sido afetada por terremotos e maremotos ou até incendiada pelos godos em 262, já sua fachada pode ter sumido graças a um terremoto no século 10 ou 11. Entre 1970 e 1978, o arquiteto Friedmund Hueber e o arqueólogo Volker Michael Strocka lideraram esforços para reconstruí-la — no entanto, com diversas partes faltando, apenas a fachada foi reerguida.

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