Civilizações que desapareceram: as ruínas mais surpreendentes do mundo

Resquícios de civilizações pré-colombianas, romanas, indus, sumérias, egípcias, gregas e mais resistem até hoje em diversos pontos ao redor do globo, tornando os roteiros de viagens dos apaixonados por História ainda mais interessantes.

A edição francesa da revista Architectural Digest elegeu, neste início de ano, as mais interessantes e surpreendentes na opinião de sua equipe de experts em arquitetura. Conheça as escolhidas:

Palácio do Penhasco de Mesa Verde, nos EUA

Palácio do Penhasco, do Parque Nacional de Mesa Verde, no Colorado, nos EUA
Palácio do Penhasco, do Parque Nacional de Mesa Verde, no Colorado, nos EUA Imagem: YinYang/Getty Images/iStockphoto

Entre os penhascos do Parque Nacional de Mesa Verde — no sudoeste do estado americano de Colorado — estão antigas habitações ancestrais dos indígenas Pueblo com uma vista panorâmica para o cânion. Os pueblo ficaram conhecidos justamente por sua arquitetura característica, com casas feitas em argila. Tido como um local sagrado com mais de 700 anos de história, o palácio foi designado pelas Nações Unidas como Patrimônio da Humanidade em 1978.

O atual nome do parque, aliás, vem da descoberta do sítio arqueológico com seus relevos pelos exploradores espanhois — já que os arredores da planície esculpida são cobertas por vegetação.

Palácio de Cnossos, na Grécia

Palácio de Cnossos, em Creta, na Grécia
Palácio de Cnossos, em Creta, na Grécia Imagem: Fyletto/Getty Images/iStockphoto

Localizado naquele que foi o berço da civilização com vista para o Mediterrâneo, o palácio na ilha de Creta estaria ligado ao lendário rei Minos, filho do deus Zeus e da humana princesa fenícia Europa. Ele é o mais importante e bem conservado palácio minoico das ihas gregas, com ruínas que ainda contam com placas em mármore, afrescos coloridos, muros de pedra de mais de 3 mil anos e que foram abandonados misteriosamente cerca de mil anos antes de Cristo.

Todas as ruínas estão espalhadas por uma área de 20 mil metros quadrados com design em forma de labirinto — como aquele em que, reza a lenda, o rei Minos mandou prender o Minotauro.

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Cidade Fantasma de Kolmanskop, na Namíbia

Cidade Fantasma de Kolmanskop, no deserto da Namíbia
Cidade Fantasma de Kolmanskop, no deserto da Namíbia Imagem: Wirestock/Getty Images/iStockphoto

Em Kolmanskop, uma cidade inteira se tornou fantasma rodeada pelas dunas do deserto no sul da Namíbia. O choque entre a paisagem natural e as construções humanas fazem do local uma atração turística no país. Erguida em 1908, a cidade era conhecida como um ponto próspero de estação de diamantes que, eventualmente, sumiu ao longo do século 20 e acabou interditada pelas autoridades. Por lá, existem teatros e casas abandonadas com tapeçarias, muros coloridos e móveis soterrados.

Templo Kalasasaya de Tiauanaco, na Bolívia

Templo Kalasasaya de Tiauanaco, na Bolívia
Templo Kalasasaya de Tiauanaco, na Bolívia Imagem: GISTEL Cezary Wojtkowski/Getty Images

Ao sul do lago Titicaca, a mais de 3.800 metros de altitude, é possível ver os vestígios da civilização pré-colombiana Tiwanaku, que teria vivido seu auge entre os anos 500 e 900 d.C., segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Um dos mais fortes emblemas de sua cultura é o Templo Kalasasaya, com um amplo pátio, altos muros e colunas de pedra ao redor de um dos locais religiosos mais importantes para a população local.

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Decorado com estátuas monolíticas e a Porta do Sol, logo na entrada, ele ainda possui 11 pilares que marcam as diferentes posições do astro durante o ano.

Abadia de Jumièges, na França

Abadia de Jumièges, na Normandia, na França
Abadia de Jumièges, na Normandia, na França Imagem: jfwets/Getty Images/iStockphoto

Descrito com a "ruína mais bela da França" pelo escritor Victor Hugo e considerado um dos mosterios mais antigos e mais importantes de todo o Ocidente, Jumièges foi fundado em 654 por Saint Philibert, abade que foi parte da corte de Dagoberto 1º, rei dos francos. Queimada pelos vikings, eventualmente reconstruída, destruída durante a Guerra dos Cem Anos e invadida pelos ingleses durante o século 15, a abadia beneditina na Normandia finalmente encontrou seu fim e foi saqueada durante a Revolução Francesa. Em seu centro resiste apenas uma árvore, um teixo de 500 anos.

Tumba Coríntia, na Jordânia

Tumba Coríntia do 'Tesouro do Faraó', em Petra, na Jordânia
Tumba Coríntia do 'Tesouro do Faraó', em Petra, na Jordânia Imagem: Gargolas/Getty Images/iStockphoto
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Esculpida em arenito, a imponente fachada da tumba guarda elementos da influência romana no reino Nabateu e é uma das mais conhecidas paisagens da cidade antiga de Petra, na Jordânia. Influenciada pelas artes e arquitetura de Alexandria, o complexo de Al-Khazneh ("Tesouro do Faraó") teria ganhado seu nome graças a uma suposta urna de pedra seu segundo andar. Esculturas de mais de 2 mil anos em tons avermelhados são a marca registrada da fachada de 46 metros de altura.

Templo Ta Prohm, no Camboja

Templo Ta Prohm, no Parque Arqueológico Angkor, Siem Reap, Camboja
Templo Ta Prohm, no Parque Arqueológico Angkor, Siem Reap, Camboja Imagem: Watcharapol Lerlerttaiyanupap/Getty Images

Situado em meio à floresta aos arredores da cidade de Siem Reap, o templo Ta Prohm foi construído entre os séculos 12 e 13 e originalmente se chamava Rajavihara ("Mosteiro do Rei"), mas acabou rebatizado. Considerado um Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1992, ele entrou para o imaginário popular com um terceiro nome: o "Templo Tomb Raider", graças à sua aparição no filme com Angelina Jolie.

"Seguradas" pelas raízes que as enlaçam, as ruínas se incorporaram à paisagem do Parque Arqueológico Angkor Wat.

Biblioteca de Celso, na Turquia

Biblioteca de Celso, em Éfeso (atualmente Selçuk, na Turquia)
Biblioteca de Celso, em Éfeso (atualmente Selçuk, na Turquia) Imagem: szirtesi/Getty Images/iStockphoto
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O que sobrou do prédio romano era o coração da antiga cidade de Éfeso no segundo século depois de Cristo e aparece até em notas de dinheiro no país. Dedicada pelo governador da cidade ao seu pai, a biblioteca começou a ser construída no ano 117 e teria abrigado, em certo ponto, mais de 12 mil obras que a teria garantido o título de terceira maior do mundo àquela época — atrás apenas da Biblioteca de Alexandria e de Pérgamo.

Há algumas teorias para a sua destruição: parte de sua estrutura teria sido afetada por terremotos e maremotos ou até incendiada pelos godos em 262, já sua fachada pode ter sumido graças a um terremoto no século 10 ou 11. Entre 1970 e 1978, o arquiteto Friedmund Hueber e o arqueólogo Volker Michael Strocka lideraram esforços para reconstruí-la — no entanto, com diversas partes faltando, apenas a fachada foi reerguida.

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