Sonha morar na Itália? Região da Toscana paga R$ 177 mil para você se mudar

Portanto, são considerados candidatos viáveis os maiores de cidade que possuírem cidadania italiana ou de outro país na União Europeia. Também serão considerados os não cidadãos da UE (como brasileiros sem passaporte europeu) que tiverem autorização de residência na Itália válida por, no mínimo, 10 anos. É necessário ainda se registrar como morador de uma cidade italiana — e não pode ser uma outra comunidade montanhosa.

Há 76 cidades inscritas no programa das quais o participante poderá escolher. Uma delas é Castelnuovo di Val di Cecina, um pequeno vilarejo medieval incrustrado em rochas. San Casciano dei Bagni, conhecida por seus banhos termais terapêuticos, também foi incluída na lista. Amantes de arte vão se sentir à vontade em Caprese Michelangelo, a cidade natal do escultor e pintor Michelangelo.

A antiga Castel San Niccolo pode ser uma opção para quem quer um endereço perto de Florença. Já Capraia Isola é ideal para quem quer viver com a tranquilidade e isolamento de uma ilha.

De acordo com um levantamento da revista Forbes americana junto ao site especializado em imóveis Idealista, o custo médio de uma casa na província mais barata da Toscana, Pistoia, é de 1.472 euros por metro quadrado. Ou seja, um imóvel de 100 metros quadrados pode sair por 147,2 mil euros e o "bônus" do governo garantiria um abatimento deste custo para (no máximo) 117,2 mil euros ou R$ 697,2 mil.

É importante ressaltar que estes valores são para imóveis em área urbana, onde se encontra Pistoia. Viver na área montanhosa ou rural pode ser bem mais barato.

Cidades correm o risco de desaparecer

Em 2016, o Ministério do Meio Ambiente da Itália divulgou um estudo que apontava que quase 2.500 cidades perderam tanta população que não sobreviveriam mais 25 anos no mapa. Em 2023, a CNN americana noticiou que o número de vilarejos abandonados em todo o país já chegava a 6.000.

Para evitar que mais destinos vejam sua população idosa falecer sem a chegada de uma nova geração, a União Europeia já oferece incentivos financeiros para atrair novos residentes em diferentes programas. Além dos diversos programas de casas de um euro por todo o país, a ilha da Sardenha, por exemplo, já ofereceu 15 mil euros para os interessados em se mudar, como mostrou reportagem de Nossa.

Com 2,8 milhões de euros (R$ 16,55 milhões) em fundos dedicados a revitalizar as comunidades montanhosas, a Toscana tem uma das iniciativas mais ambiciosas, que se comprometeu a mudar a paisagem — ao menos demográfica — da região.

Interessou?

Se você se encaixa nas condições mencionadas no início da matéria — possui o direito a residir no país e se comprometerá com a mudança —, é preciso ainda prestar atenção em algumas regras do projeto. O incentivo das autoridades devem cobrir não mais do que 50% dos custos de compra e reforma da casa em uma cidade com menos de 5.000 moradores.

Não é permitido adquirir imóveis sob este programa para transformar em casa para aluguel por temporada.

Interessados devem preencher sua ficha de candidatura até 27 de julho de 2024, às 13h do horário local (ou 8h no horário de Brasília). Mais informações e link para o formulário estão disponíveis no site do Residenzialità in Montagna 2024.