'Maior viajante do mundo' só teve dois voos cancelados; saiba o truque

Depois de cerca de 500 voos, o americano Indy Nelson de 29 anos foi reconhecido pelo Guinness World Records — entidade que publica o Livro dos Recordes — como "o maior viajante do mundo", com carimbos de todos os países do globo no seu passaporte pelo maior número de companhias diferentes.

E o homem que foi, literalmente, onde (quase) nenhum outro já esteve entregou ao site do próprio Guinness como evitou cancelamentos de voos em suas viagens: reservando assentos em trajetos pela manhã, que correm menos riscos de serem remarcados ou sofrerem atrasos, em sua opinião.

Indy Nelson em Gizé, no Egito
Indy Nelson em Gizé, no Egito Imagem: Reprodução/Instagram

Voar pela manhã é estratégia certeira

Das centenas de voos em que Nelson esteve, apenas dois foram cancelados em toda a sua volta ao mundo. E sua estratégia tem apoio científico, digamos.

Um estudo do Departamento de Transportes dos EUA de 2023 revelou que mais de 80% dos voos que decolam entre 6h e 9h da manhã partem no horário, enquanto menos de 60% daqueles programados para voar entre 18h e 21h conseguem de fato viajar na hora.

Em São Petersburgo, na Rússia
Em São Petersburgo, na Rússia Imagem: Reprodução/Instagram

Os esforços foram compensados e hoje é dele o recorde de viajante que já voou por mais companhias aéreas: 170. Ele superou o recorde que até então era do japonês Ryuji Furusho, que embarcou em voos de 156 companhias entre 1996 e 2014.

Companhias e destinos favoritos

As empresas com os melhores serviços na opinião dele foram a Emirates e a Qatar Airways; companhias aéreas do Oriente Médio tendem a ser "incríveis", segundo Nelson. Ele ainda dá outra dica preciosa para quem quer viajar muito e tem medo de turbulências: finja que é um passeio de montanha-russa.

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Para o jovem, o pais mais legal do mundo é o Camboja, com uma população calorosa. Já Comores foi o que menos gostou, justamente porque as pessoas não foram muito receptivas à sua presença.

Em Dublin, na Irlanda
Em Dublin, na Irlanda Imagem: Reprodução/Instagram

Quando Indy Nelson partiu inicialmente, em 2017, seu plano era ambicioso. "Mais do que o mochilão típico, eu queria desafiar a mim mesmo para me tornar o mais jovem e mais rápido viajante a visitar todos os Estados soberanos", escreveu em seu site. Desde então, este seu segundo recorde foi superado, segundo o Guinness, por outra californiana, Lexie Alford, que realizou a volta ao mundo em 2019 aos 21 anos.

A jornada recordista de Indy Nelson em números

  • US$ 80 mil: foi o valor do empréstimo que ele fez para viajar o mundo, o equivalente a cerca de R$ 441,4 mil.
  • 18 meses: foi o período em que ele realizou a maior parte de sua volta ao mundo, partindo em 2017.
  • 4 vezes: foi o número de acusações de espionagem que ele recebeu, por engano, no Irã, na Rússia, na Lïbia e em Papua Nova Guiné
  • 24 horas: foi o total que ele passou na prisão por causa das quatro confusões antes que provasse sua inocência
  • 22 anos: era a idade que ele tinha quando partiu
  • 500 voos: foi o número de viagens de avião que ele encarou no percurso
  • 170 companhias: foram responsáveis por emitir seus bilhetes

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