'Nova era do turismo de luxo': Arábia Saudita inaugura ilha no Mar Vermelho
Colaboração para o UOL
28/10/2024 14h03
No desejo de ser um novo destino de altíssimo luxo, o Mar Vermelho é o cenário da primeira parte do projeto de construção de diferentes "regiões" recheadas de tecnologia e exclusividade.
Aberta no último domingo (27), a ilha Sindalah de 840 mil metros quadrados oferece aos hóspedes experiências luxuosas e "únicas" e, ainda conforme as projeções do NEOM, projeto responsável pela ilha, até 2028 ela deve receber 2,4 mil hóspedes por dia e gerar cerca de 3,5 mil empregos.
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Um dos pontos altos é a marina local, feita para os amantes de iates, que conta com 86 vagas disponíveis a embarcações de até 50 metros de comprimento, além de outras 75 vagas para que superiates possam atracar próximos à ilha.
Os visitantes da ilha podem realizar mergulhos no Mar Vermelho, mas tudo de olho na sustentabilidade. Segundo os responsáveis por Sindalah, a "proteção [dos animais], a preservação e a regeneração estão no centro do modelo" utilizado no projeto.
Conforme o projeto, 45 das espécies vistas no mar local são exclusivas das águas do NEOM, que também contam com mais de 300 espécies de corais. Além dos mergulhos, os hóspedes também podem ter contato com a vida marinha observando os golfinhos que passam pela região.
A ilha tem diversas opções de lazer, como 36 lojas de luxo, restaurantes noturnos, experiências musicais, hotelaria de alto padrão e clube de praia exclusivo, assim como campo de golfe de nove buracos aos amantes da modalidade.
A culinária de Sindalah segue o alto padrão da ilha e o responsável pelo cardápio no restaurante do clube de iate é o italiano Enrico Bartolini, dono de 13 estrelas Michelin, um dos mais prestigiados prêmios da culinária mundial.
Os interessados em conhecer Sindalah devem aguardar a liberação das reservas.
Sindalah é só o primeiro passo
Além de Sindalah, o NEOM ainda tem outras regiões a serem construídas: Magna, Oxagon, The Line e Trojena.
A região de Magna, por exemplo, "desempenhará um papel fundamental na construção de um forte ecossistema turístico dentro do NEOM", segundo o projeto. Conforme os responsáveis, esta região irá contribuir para a diversificação econômica da Arábia Saudita e para os objetivos da Visão Saudita 2030, "ajudando a posicionar o Reino como líder global no turismo de luxo" até 2030.
O projeto havia sido anunciado no final de 2022 por Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, que atua também como presidente do Conselho de Administração do Neom.
O Fundo de Investimento Público do Reino da Arábia Saudita e investidores locais e internacionais são os responsáveis pelos mais de US$ 500 bilhões de dólares (quase R$ 3 trilhões) que estão sendo utilizados para a construção das "cidades" futuristas.