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Onde os chefs comem e bebem: um dia gastronômico por São Paulo

Caio Yokota e Victor Valadão, do restaurante Mapu - Reprodução Caio Yokota e Victor Valadão, do restaurante Mapu - Reprodução
Caio Yokota e Victor Valadão, do restaurante Mapu Imagem: Reprodução

Gabrielli Menezes

Colaboração para Nossa

16/11/2024 05h30

Meses antes de receber o e-mail "Gabrielli, o seu voo está chegando", eu zero páginas do Time Out, do Eater e do The New York Times em busca de dicas de restaurantes. Salvo os endereços coletados no Google Maps e termino cheia de "pins", úteis ao apontar o que há de bom para comer e beber por perto no meio do passeio.

Trata-se de uma estratégia possível de reproduzir dentro da nossa própria cidade. Já pensou em criar um mapa personalizado com as sugestões de São Paulo que surgem aqui da news?

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Outro segredo, um tanto mais analógico, é pedir indicação aos garçons, chefs e donos de um estabelecimento que tenha gostado. É um estilo "deixa a vida me levar", mas com pitadas suficientes de controle. Por isso, o roteiro de hoje começa num restaurante que eu adoro — o taiwanês Mapu — e segue por "endereços-surpresa", indicados a partir dele.

Mapu

Mapu - Divulgação/Kuroow
Imagem: Divulgação/Kuroow

Espere explosões de sabor e texturas ao morder o bao (pãozinho chinês no vapor) recheado de porco desfiado, conserva de mostarda, farofa de amendoim e coentro (R$ 34). É para começar com o pé direito, assim como a berinjela crocante melada em molho de missô (R$ 37), capaz de conquistar quem não está nem aí para o vegetal.
Vai lá: Rua Áurea, 267, Vila Mariana. @mapubaos

Fora da Lei

Imagem: Divulgação

Caminhando sentido a Avenida Paulista, você chega ao paraíso dos cafés indicado pelos chefs Caio Yokota e Victor Valadão, do Mapu. Por lá, não falta cuidado na seleção de grãos e ousadia na oferta de métodos de extração. O phin, por exemplo, é o jeito vietnamita de passar um café limpo e bem concentrado em sabor (R$ 15).
Vai lá: Rua Cubatão 131, Paraíso. @foradalei_cafe

Amay

Imagem: Divulgação

Para Cauã Sperling, sócio do Fora da Lei, ótimos cafés pedem ótimos docinhos. E eles estão a 150 metros ou dois minutos de distância. Há opções como a choux, de massa levemente crocante e creme de baunilha preparado com fava de verdade (R$ 16,50), e o roll cake de morango, que lembra um rocambole (R$ 10,45).
Vai lá: Rua Cubatão, 305, Paraíso. @amay.doces

Shin-Zushi

Imagem: Divulgação

Quando a fome voltar a bater, é hora de interromper o passeio e escolher onde jantar. Aya Tamaki, confeiteira e dona da Amay, sugere provar sushis preparados com a autenticidade japonesa. De arroz morno e coberturas como o carapau com gengibre e cebolinha, as peças são servidas à la carte ou no menu degustação.
Vai lá: Rua Afonso de Freitas, 169, Paraíso. @shinzushioficial

The Punch Bar

Imagem: Divulgação

Se perguntar ao sushiman Nobu Mizumoto, no balcão do Shin-Zushi, onde tomar um drinque especial, a resposta será: The Punch Bar. Embora o estabelecimento opere sobretudo por reserva, vale tentar a sorte. Esqueça o cardápio que a graça, ali, é dizer o que gosta e receber uma mistura, autoral ou clássica, direto na taça.
Vai lá: Rua Manuel da Nóbrega, 76 (loja 17), Paraíso. @thepunchsp

Sylvester Bar

Imagem: Divulgação

Este é o queridinho dos bartenders, inclusive de Ricardo Miyazaki, que indica o estabelecimento em Pinheiros como o lugar ideal para fechar a noite após rodar por Paraíso e região. Das mãos de Frajola saem clássicos tipo negroni (R$ 33,90) e misturas autorais, como uísque, vermute, Fernet branca e os bitters de alcachofra e cacau (R$ 35,90).
Vai lá: Rua Maria Carolina, 745, Pinheiros. @sylvesterbarsp

BARES
Por Sergio Crusco

Dois templos da cachaça: o tradicional e o moderno

Imagem: Divulgação

A cena é clássica: chega à cidade aquele amigo do exterior e imediatamente colocamos um brinde com caipirinha na lista de urgências. No que depender de dois bares paulistanos devotados à cachaça, porém, é melhor reservar espaço mais frequente para o destilado de cana-de-açúcar na agenda.

Rota do Acarajé e Bar do Praça (no restaurante Praça São Lourenço) são dois lugares ótimos para conhecer novos rótulos, saborear coquetéis feitos com vários estilos de cachaça e impressionar quem vem de fora com nossa brasilidade.

O moderno Bar do Praça foi inaugurado no segundo semestre, com uma carta de mais de 50 rótulos, sob consultoria da especialista em cachaças e cafés Mari Mesquita, que também assina alguns coquetéis.

O roots Rota do Acarajé, do alto de seus 22 anos, tem uma impressionante carta com mais de 1200 cachaças, que também entram na composição de coloridas caipirinhas e drinques assinados por bartenders convidados e pela equipe da casa.

Bar do Praça

Imagem: Sergio Crusco

O charmoso balcão do restaurante-jardim acolhe 17 pessoas que passam para um aperitivo antes da refeição ou por lá ficam, bicando e beliscando. Uma pedida cítrica, picante e refrescante é Beijo de Urucum (R$ 44), do chefe de bar Vinicius Dias, com cachaça branca em infusão de urucum, pisco, pimenta-da-jamaica, pacová e açúcar. Mari Mesquita assina Bálsamo de Jerez (R$ 48), seco e salino, com cachaça envelhecida em bálsamo, maçã e dois estilos de vinho de Jerez: fino e oloroso.
Vai lá: R. Casa do Ator, 608, Vila Olimpia. @pracasaolourenco

Rota do Acarajé

Imagem: Divulgação

Na Rota, a onda é pedir dicas de cachaças para a proprietária Luisa Saliba, uma enciclopédia no assunto. Entre um petisco e uma moqueca, quem é dos tragos frutados vai gostar de Passione Sour (R$ 34), com cachaça de jequitibá, maracujá, limão e açúcar. Amor e Amaro (R$ 33) é para quem quer potência, com cachaça de castanheira, Aperol, amaro, bitters e laranja. Ambos são de autoria de Zeca Meirelles. Se o salão principal estiver cheio, há mais espaço no imóvel do outro lado da rua.
Vai lá: R. Martim Francisco, 529, Santa Cecília. @rotadoacaraje

BELISQUETES
Por Gabrielli Menezes

Você já ouviu a palavra da Kewpie?

Imagem: Reprodução

Uma década após a criação da Hellmann's, nascia a maionese japonesa capaz de colocar a norte-americana no bolso: a Kewpie. Levemente ácida e com um gostinho difícil de explicar — é só dela —, a maionese é vendida numa charmosa garrafa de plástico embalada em um saco com estampa quadriculada vermelha.

Como é impossível de achar em grandes redes de supermercados, só posso me dar o luxo de tê-la na despensa quando vou à caça nas prateleiras de mercadinhos orientais e desembolso 50 reais ou mais por 350 gramas. De tão especial (e cara), é raro surgir no menu de estabelecimentos. Aqui vão duas opções:

Bullguer

Imagem: Matheus Vassato

Numa parceria inédita com a marca, a hamburgueria coloca no cardápio por tempo limitado dois sanduíches criados por Thiago Koch após uma temporada no Japão. O tamago sando (R$ 40) leva frango empanado, queijo, tempero à base de alga e gergelim e a típica salada de ovo com maionese.
Vai lá: Rua Eleonora Cintra, 500, Jardim Anália Franco. @bullguer

Hi Pokee

Imagem: Reprodução

Salmão com cream cheese é uma dupla já conhecida para os brasileiros. Mas na casa de poke do ex-MasterChef Ravi Leite, o cliente pode coroar a tigela de arroz e peixe cru com a maionese Kewpie. O item extra está disponível na opção "monte o seu" e custa R$ 5 a mais. Vale a pena.
Vai lá: Rua Cônego Eugênio Leite, 1164, Pinheiros. Vai lá: @hipokee

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