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Como são os restaurantes de SP entre os 50 melhores da América Latina

Imagem: Reprodução Instagram

Gabrielli Menezes

Colaboração para Nossa

30/11/2024 05h30

O Latin America's 50 Best Restaurants divulgou, em cerimônia no Rio, a lista atualizada de 2024. Como diz no nome, o prêmio publica o ranking dos cinquenta melhores endereços para comer em países da América do Sul e Central. A surpresa da vez é que São Paulo se igualou a Lima em números de restaurantes em destaque — cada cidade emplacou sete estabelecimentos.

Resultado da votação de 300 especialistas, a conquista é motivo de comemoração não só individual, mas também coletiva. Com o trabalho d'A Casa do Porco (15º), do Tuju (16º), do Evvai (20º), do Nelita (26º), do Metzi (27º), do Maní (35º) e do Kotori (50º), São Paulo fica lado a lado com a capital do Peru, país cuja gastronomia é reconhecida e idolatrada há décadas ao redor do mundo.

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A lista, que no total traz nove brasileiros — incluindo os cariocas Lasai (7º) e Oteque (21º) —, serve de guia para turistas que vêm de fora e também desperta em nós, locais, a curiosidade pelas garfadas mais desejadas da região. Pensando nisso, conto um pouco sobre como é comer em quatro desses lugares.

A Casa do Porco

Imagem: Keiny Andrade/UOL

Depois de passar quatro anos no sítio de São José do Rio Pardo para se recuperar de questões de saúde mental, Jefferson Rueda retomou o comando da cozinha d'A Casa do Porco. Do interior, trouxe a força e inspiração para o novo menu degustação (R$ 290). Em oito tempos, provam-se carpaccio de lombo maturado, canjiquinha com costelinha defumada e outras receitas que vão bem com uma dose de cachaça.
Vai lá: Rua Araújo, 124, República.@acasadoporcobar

Evvai

Imagem: Tadeu Brunelli

É um restaurante autoral de matriz italiana. Com produtos brasileiros, o chef Luiz Filipe Souza cria pratos modernos que subvertem o óbvio. O menu, sempre chamado de Oriundi, muda de tempos em tempos. Novembro foi mês de estrear pedidas como o rigatoni de pupunha com ovas e amêndoas e a fregola com cordeiro e shidal (pasta indiana de peixe fermentada). Com 14 etapas, custa R$ 895.
Vai lá : Rua Joaquim Antunes, 108, Pinheiros. @evvai_sp

Kotori

Imagem: Tati Frisson

O espaço reflete um pouco do cardápio. O uso da madeira traz tanta modernidade quanto aconchego, assim como as receitas asiáticas e contemporâneas preenchem a boca com autenticidade e gentileza na mesma medida. Isso é fruto da mente brilhante do chef Thiago Bañares, dono também do Tan Tan. Minhas pedidas favoritas são tartar de wagyu com picles de nabo (R$ 65) e a rabanada (R$ 55).
Vai lá: Rua Cônego Eugênio Leite, 639, Pinheiros. @kotori.sp

Maní

Imagem: Victor Collor

O interesse genuíno de Helena Rizzo e do seu parceiro de cozinha, o chef Willem Vandeven, pelos ingredientes e todas as suas possibilidades talvez seja o segredo da jovialidade do restaurante, que completa 20 anos. Dá para provar clássicos como o ceviche de caju no à la carte, mas a graça é se jogar no menu degustação. A nova sequência (R$ 680) dá destaque aos caldos e cremes em 10 etapas.
Vai lá: Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulista. @manimanioca

Metzi

Imagem: Nani Rodrigues

Há poucos endereços que representam tão bem a culinária do México como fazem a brasileira Luana Sabino e o mexicano Eduardo Ortiz. A união de técnicas ancestrais e de ingredientes brasileiros resulta em mordidas apaixonantes. Vale provar a quesadilla de cogumelos com queijo da Canastra (R$ 70) e o clássico porco duroc al pastor com manteiga de abacaxi e tortillas macias e quentinhas (R$ 175).
Vai lá: Rua João Moura, 861, Pinheiros. @metzirestaurant

Nelita

Imagem: Divulgação

Sob a batuta da chef Tássia Magalhães, o time de mulheres cozinheiras prepara receitas contemporâneas de raíz italiana na frente dos clientes. O menu de onze etapas contempla entradinhas leves, massas frescas e sobremesas equilibradas e cheias de técnica. Também é possível provar pratos avulsos como o agnolotti de cabra com limão confit, mel e alho negro (R$ 165).
Vai lá: Rua Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros. @nelita.restaurant

Tuju

Imagem: Divulgação

Não foi à toa que o lugar levou o prêmio Gin Mare Art of Hospitality Award, do 50 Best. O nível do serviço comandado por Catherine Cordás é tão alto quanto o do menu degustação, o mais caro da cidade (R$ 990). Os pratos de Ivan Ralston são pautados de acordo com as chuvas do estado. Assim, garantem ingredientes especiais e frescos, como as flores que estrelam a temporada "umidade".
Vai lá: Rua Frei Galvão, 135, Jardim Paulistano. Atendimento apenas por reserva. @tuju_sp

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ESPECIAL

10 anos, três unidades e 1.200 garrafas

Imagem: Gui Galembeck

Há uma década, o Grupo Ráscal lançava um restaurante inspirado nas parrillas de Buenos Aires, o Cortés, no Shopping Villa-Lobos. Neste ano, a celebração está reforçada. Ganhou a forma de loja — a terceira unidade da marca foi inaugurada no Shopping Eldorado — e, agora, de brinde.

Em parceria com a vinícola gaúcha Arteviva, o restaurante lança um rótulo de Tannat (R$ 178) escolhido por meio de degustação às cegas. Encorpado e com acidez equilibrada, vai bem com cortes de carne, sobretudo os gordurosos. Há 1.200 garrafas disponíveis.

Vai lá: Shopping Eldorado. @cortesasador

BARES
Por Sergio Crusco

Dois novos (e ótimos) bares escondidos do burburinho da cidade

Imagem: Reprodução

Os dois estão escondidinhos, mas não são de fazer tanto mistério. Não precisa dizer senha, muito menos ser amigo do dono para entrar. Outro traço em comum entre o The Door e o Lágrima é a qualidade da coquetelaria: altíssima.

Para chegar ao The Door Hideout, toque a campainha de uma porta solitária em meio à balbúrdia da Vila Madalena. O corredor leva a um lounge tranquilo, com som de jazz e meia luz — o suave irmão mais novo do Hideout Speakeasy, de Santos.

O bar tem um laboratório munido de equipamentos gastronômicos de ponta, que permitem clarificar, emulsificar, infusionar, banhar em gordura ou até tirar o álcool de coquetéis. A cargo da parafernália, estão o bartender Sylas Rocha e os empresários Aline Araújo e Marcelo Malanconi.

O Lágrima está nos fundos da loja pop-up da Mizuno, instalada no térreo do retrofitado Edifício Renata, no centro. Pequeno e escurinho, investe no conceito listening bar, com DJs rotativos tocando som em vinil.

Ciro Tupi e Gunther Sarfert são os maestros da coquetelaria ousada, pouco óbvia e cheia de sabor do Lágrima, que mistura receitas autorais e clássicos menos conhecidos.

The Door Hideout

Imagem: Ricardo Tuka

No boulevadier zero (R$ 45), o álcool da mescla de bourbon, Campari e gim foi eliminado na máquina rotovapor. Já virou hit. Entre as opções alcoólicas, também faz sucesso a torta do sevilha (R$ 48). Tipo old fashioned, imita a sobremesa da lanchonete santista com bourbon em fatwash de banana e manteiga, bitter e cereja fresca. No bloody, mary (R$ 45) é versão transparente do clássico, com vodca em fatwash de bacon, suco de tomate clarificado, shoyu, cambuci e pimentas.
Vai lá: R. Fradique Coutinho, 1111, Vila Madalena, @hideout.thedoor

Lágrima

Imagem: Tales Hidequi

O Lágrima também tem sua sobremesa em forma de drinque. O gostoso kokonattsu (R$ 50) tem vodca, coco, vermutes bianco e seco e ameixa, lembrando o manjar de da vovó, mas sem doçura excessiva. Shinzo paris (R$ 55) é uma pedida bem redondinha e fácil de beber, com gim, pitanga, vermute bianco e bitter de laranja. A carta autoral atinge um de seus melhores momentos robustos com yokai (R$ 60), harmonia de bourbon, manteiga noisette, amaro, jerez oloroso, licor de ume e Cynar 70.
Vai lá: R. Major Sertório, 95, Vila Buarque, @lagrima.bar

COZINHA DAS QUEBRADAS

Hamburgueria da quebrada de SP faz sucesso com releituras do McDonald's

Gregor Rodrigues, dono do Inooburguer, e Thiago Simpatia Imagem: Nossa/UOL

Releitura de clássicos de gigante do fast food, preços atrativos e jogos estilo fliperama! É isso que o Cozinha das Quebradas, série de Nossa, te mostra no novo episódio como proposta do Inooburguer, localizado no Jabaquara e Campo Limpo (Inocoop), ambas unidades localizadas na zona sul de São Paulo.

O negócio começou em junho de 2020, na pandemia. O empreendedor Gregor Rodrigues tinha ficado desempregado e voltou a ser motoboy, quando montou a hamburgueria em casa apenas com delivery. Com apenas R$ 1.200, ele e esposa iniciaram com uma chapa de fogão para hambúrguer e panela para fritar batata. Com o tempo, compraram outros equipamentos e se especializaram.

Clique no link abaixo e confira o episódio completo!

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