Passaporte dos Emirados foi o mais poderoso do mundo em 2024; Brasil é 11º
Colaboração para Nossa
25/12/2024 05h30
Os Emirados Árabes Unidos — do qual fazem parte Dubai, Abu Dhabi, Xarja, entre outras monarquias — têm o passaporte mais influente de todo o planeta, segundo avaliação da consultoria canadense de serviços financeiros para cidadania Arton Capital.
O documento do país no Oriente Médio abre portas para 180 países — mais do que qualquer outro no globo — sendo 127 destes sem a necessidade de apresentação de visto. Boa parte dos ocupantes das dez primeiras posições do ranking são países europeus.
O passaporte brasileiro no ranking
O Brasil é o 43º país da lista, mas classificado em 11ª posição de influência — graças ao fato de que há muitos países tecnicamente empatados em diferentes colocações por abrirem o mesmo número de portas com seus passaportes.
Nosso documento é aceito em 166 países, de acordo com a Arton, em 109 sem a necessidade de visto para a entrada. Outros 51 cobram visto na chegada e outros 6 uma autorização eletrônica de viagem. Já 32 países exigem que o passaporte brasileiro venha acompanhado de visto de antemão, como é o caso para brasileiros que desejam entrar nos EUA em férias. Na média, nosso documento dá acesso a 83% do mundo sem necessidade de papelada extra.
Estes números vêm melhorando desde 2022, no pós-pandemia, quando o Brasil era o 45º país da lista e vistos eram cobrados no nosso passaporte em 38 países. O documento brasileiro é o mais poderoso da América Latina; já em todo o continente americano, só perde em influência para o canadense (33º país da lista, em 7ª posição de influência) e para o americano (38º lugar da lista, em 8ª posição de influência).
Como funciona o ranking e o que ele significa?
Os países são avaliados por uma "pontuação total de mobilidade", que é a somatória de países onde o documento é aceito para a entrada de visitante sem a necessidade de visto, mais os números daqueles onde é necessário um visto rápido ou autorização emitida na entrada. A necessidade de visto tradicional, que deve ser expedido com antecedência à viagem, não é parte desta pontuação final.
No caso dos Emirados Árabes, sua pontuação total de mobilidade é de 180 países, sendo 127 onde o passaporte é aceito como o único documento necessário para a viagem, 47 países onde é necessário obter um visto aprovado na chegada, 6 onde o passaporte precisa vir acompanhado de uma autorização eletrônica de entrada e outros 18 onde é necessário visto no passaporte.
Enquanto a Europa e partes do Oriente Médio e da Ásia parecem consolidar o seu poder, dois documentos perdem força notoriamente nos últimos anos, segundo a Arton: os passaportes dos EUA e do Reino Unido. O primeiro caiu do 27º lugar na lista geral de 2023 para o 38º de 2024. Já o segundo enfrenta uma queda livre há quase uma década: em 2017, o britânico estava no top 10, hoje aparece como 32º.
A avaliação da Arton Capital difere bastante dos resultados obtidos por outros rankings de passaportes, o mais famoso deles o da consultoria de imigração Henley & Partners, que usa a base de dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) sobre o número de países em que apenas a apresentação do documento garante a entrada do viajante estrangeiro, sem necessidade de qualquer visto.
Neste ranking, por exemplo, a primeira posição há diversas edições é ocupada por Singapura, com documento válido em 195 países.
Os passaportes mais poderosos do mundo, pela Arton
1º: Emirados Árabes Unidos (aceito em 180 países)
2º: Espanha (179 países)
3º: Finlândia, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Dinamarca, Países Baixos, Luxemburgo, Áustria, Portugal, Noruega, Suíça, Grécia e Irlanda (178 países)
4º: Suécia, Polônia e Hungria (177 países)
5º: República Tcheca, Coreia do Sul, Estônia, Croácia e Eslováquia (176 países)
6º: Japão, Eslovênia, Letônia, Nova Zelândia e Liechtenstein (175 países)
7º: Singapura, Malta, Reino Unido, Canadá, Lituânia, Romênia, Bulgária e Austrália (174 países)
8º: EUA e Islândia (173 países)
9º: Chipre (172 países)
10º: Malásia e Mônaco (171 países)
Os menos influentes
85º: Congo e Etiópia (57 países)
86º: Nigéria, República Democrática do Congo e Nepal (55 países)
87ª: Sudão do Sul (54 países)
88º: Líbia, Sudão, Eritreia e Coreia do Norte (53 países)
89º: Bangladesh e Territórios Palestinos (51 países)
90º: Iêmen (48 países)
91º: Paquistão (47 países)
92º: Somália e Iraque (46 países)
93º: Afeganistão (41 países)
94º: Síria (40 países)