Attenzione pickpocket: como evitar batedores de carteira no exterior
Vai viajar ao exterior em breve e anda preocupado com os batedores de carteira e golpistas de que já ouviu falar nas redes, no noticiário e até nas histórias — de horror — dos amigos?
Veja dicas de como prevenir este transtorno nas férias:
1. Informe-se a respeito da segurança no seu destino
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil mantém uma lista de todas as Embaixadas, consulados e missões diplomáticas do nosso país mundo afora em seu site — é possível consultar aqui.
Antes de viajar, é possível consultar, clicando no seu destino, quais são as recomendações de segurança das autoridades brasileiras no local, além do endereço e telefones úteis caso você precise pedir assistência em caso de roubo ou furto em território estrangeiro.
O Departamento de Estado dos EUA também faz um serviço semelhante, emitindo alertas em uma escala de cores a respeito da violência e outras questões de segurança em destinos onde há representações americanas. Dá para conferir aqui.
2. Prefira cartões em vez de dinheiro
De maneira geral, se alguém rouba ou furta o seu dinheiro, dificilmente você o terá de volta. Já cartões podem ser cancelados imediatamente após o crime, protegendo o viajante. Por isso, pode ser uma boa ideia apostar em carteiras digitais ou bancos globais com cartões físicos, como é o caso de Nomad, Wise e etc.
É possível transferir o orçamento da viagem do seu banco de preferência aqui no Brasil antes do embarque e fazer apenas pequenos saques, para gastos "miúdos" durante o passeio. Mas cheque se estabelecimentos no destino frequentemente aceitam este tipo de pagamento. Há países, como o Marrocos, em que o pagamento em dinheiro ainda é regra.
3. Mas tenha cuidado também com o cartão
Mesmo com o uso de cartões, toda atenção é pouca: a Embaixada dos EUA em Paris alerta que, por lá, alguns golpes envolvem caixas eletrônicos adulterados que "engolem" o cartão após a inserção da senha, ou ainda uma pessoa que pede informação e o distrai, visualizando sua senha, no momento do saque.
Segundo experts ouvidos pelo jornal The New York Times, ainda prefira o pagamento por aproximação, se estiver disponível com o seu cartão — é que algumas maquininhas mundo afora adulteradas, que acabam "roubando" informações do cartão.
4. Mantenha dinheiro e cartões junto ao corpo
Quando em público, carregue dinheiro, cartões e sobretudo o seu passaporte onde consegue sentir. Opte por jaquetas com bolsos interiores e/ou com zíper, pochetes internas ou doleiras, uma mochila, bolsa ou pochete carregada na frente e não nas costas.
Evite colocar qualquer coisa de valor no bolso de trás da calça, na lateral da jaqueta (especialmente se não houver zíper), em bolsas laterais que ficam abertas ou com a mochila nas costas.
Ao sentar-se em um restaurante, não pendure bolsas e sacolas no encosto da cadeira ou sequer deixe-as no chão, instrui a Polícia Metropolitana de Londres.
5. Invista em bolsas com adereços de segurança
Ao comprar sua bolsa para viajar, prefira aquelas que têm fecho com zíper e alças grossas — difíceis de cortar para os "pickpockets".
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Quero receberOs compartimentos interiores também devem ter zíperes, idealmente. Já quando o assunto é carteira, invista quando possível nos modelos com proteção antifurto RFID, que protegem os cartões de equipamentos que possam roubar seus dados remotamente.
Lloyd Figgins, diretor-executivo do grupo de segurança TRIP e autor do livro "The Travel Survival Guide" explicou ao The New York Times que a segurança pessoal em viagens deve ser como uma cebola.
"Deve ter diferentes camadas. Torne [roubá-lo] difícil para os criminosos e eles terão que seguir em frente e procurar um alvo mais fácil."
Ou seja, múltiplos cuidados e dispositivos têm um resultado mais eficiente, mesmo que sejam obstáculos simples como diversos pequenos cadeados em malas. No entanto, a publicação não recomenda confiar apenas na AirTag ou outro rastreador por GPS, já que não é seguro confrontar o criminoso sem auxílio policial.
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6. Vista-se de maneira simples
Bater carteira ou aplicar pequenos golpes são crimes de oportunidade e, por isso, quem os aplica costuma procurar alvos mais fáceis e interessantes, que vão render bons lucros.
Ostentar grifes em peças com enormes logomarcas, usar acessórios chamativos e até joias caras acaba atraindo a atenção dos criminosos. A melhor estratégia nestas situações é passar em branco tanto quanto puder.
Objetos mais caros que sejam imprescindíveis durante sua viagem podem ser deixados no cofre do hotel, mas lembre-se: nem mesmo eles são à prova de falhas, já que um código universal costuma abrir a maioria deles quando você esquece o código.
7. Tenha cuidado com o telefone
Em dias de bancos digitais, perder o telefone pode significar um prejuízo ainda maior do que perder a carteira. Uma boa ideia é revisar os aplicativos do telefone antes de viajar e deletar aqueles dos quais não vai precisar enquanto estiver fora, especialmente aqueles de bancos.
Como não existe recurso que torne totalmente seguro ou invisível uma informação em qualquer aparelho, especialmente para golpistas e hackers, a melhor estratégia é nem ter o que roubar ou invadir. Transfira o dinheiro que vai utilizar na viagem, com alguma folga, para a sua carteira digital, leve cartões de emergência e abandone o app.
"Se um criminoso pega o seu telefone, ele pode ter acesso às suas economias da vida toda, não apenas ao dinheiro da viagem", opinou Figgins ao Times.
Além disso, é uma boa manter os recursos de sincronização automática para a nuvem ativos, para que você perca a menor quantidade de informações possível, caso seja roubado. E leve números de telefone mais úteis e de seus principais contatos anotados em um local seguro, caso precise usar um aparelho que não seja o seu para ligar para casa.
8. Mantenha-se alerta nas multidões
Este é considerado o item mais importante por todas as principais autoridades do mundo, como a polícia de Londres, a Bundespolizei (polícia federal da Alemanha) e a MPDC (polícia metropolitana de Washington, D.C., capital dos EUA): mantenha-se muito atento aos seus arredores.
Observe bem por onde anda, quem está próximo de você em qualquer direção, como estas pessoas agem e como você pode chegar ao seu destino ou a um lugar seguro com facilidade.
Quem anda distraído é um alvo fácil para criminosos, especialmente nas multidões. Muitos batedores de carteiras costumam usar o velho truque da "esbarrada" em alguém em ruas movimentadas e pontos turísticos para levar objetos de valor.
Caso se sinta ameaçado, procure delegacias, hotéis, bancos e outros locais onde há câmeras de segurança em toda parte — isso costuma deter os "pickpockets".
Cuidado com transeuntes "amigáveis" que o chamam ou outros golpes clássicos de destinos europeus, como pessoas com pranchetas que pedem para você assinar um abaixo-assinado ou videntes que pedem para ler sua mão — são truques para distrair o turista e levar a carteira.
Nos metrôs, evite o empurra-empurra — outro momento de oportunidade para os batedores — e não fique próximo às portas, há aqueles que passam correndo e roubam sua bolsa ou carteira antes de as portas se fecharem.
9. Tenha um "backup" de segurança
Além de manter anotados todos os telefones necessários em um local diferente do telefone, faça uma cópia das suas passagens aéreas, passaporte, cartões de créditos e quaisquer outros documentos que seriam difíceis de substituir caso sejam roubados.
Eles podem ser impressos e também enviados para o seu próprio e-mail, para que sejam usados em caso de emergência, ensina a polícia de Washington.
É importante que a sua lista de telefones inclua também o contato com o seu banco, seguradora, familiares e com a Embaixada local, caso você precise de assistência além da policial.
10. Aprenda a identificar os "pickpockets"
Segundo a polícia de Londres, há três tipos de batedores de carteira: os observadores, os oportunistas e aqueles que operam em grupos.
O primeiro inclui aquele indivíduo que vaga sozinho por locais públicos e parece estar analisando os transeuntes — ele costuma prestar bastante atenção no que as pessoas carregam ao redor da cintura.
Já os oportunistas são aqueles que furtam as pessoas em lojas, shoppings e outros centros comerciais, quando o turista está distraído olhando produtos e não presta tanta atenção em seus pertences.
Eles costumam aproveitar a desculpa de espaços apertados e da alta movimentação para esbarrar na vítima, levar o que quer e se misturar a outras pessoas.
Os "pickpockets" que operam em grupo são mais sofisticados e trabalham com algum truque ou história para enganar o turista. Por exemplo, no esquema que pede a assinatura para um abaixo-assinado, geralmente um intercepta o turista enquanto outro realiza o furto.
Há versões em que alguém grita pedindo socorro ou comemorando algo, desviando sua atenção enquanto o comparsa comete o crime. Todos, no entanto, não parecem apresentar perigo à primeira vista e se misturam muito bem ao fluxo de outros turistas ou moradores da cidade.
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