Setor aéreo latino sofre ameaça de "pandemia de falências", diz associação
Companhias aéreas da América Latina precisam de ajuda imediata de governos sob risco da região enfrentar uma "pandemia de falências" no setor, afirmou o presidente da associação regional Alta, nesta terça-feira.
Luis Felipe de Oliveira afirmou que a entidade tem enviado cartas a governos da América Latina e a crise disparada pela pandemia é "sem precedentes".
Na Europa não é diferente. As ações já prejudicadas da IAG, dona da British Airways, da easyJet e da Air France-KLM desabavam novamente conforme as empresas cortavam a maioria de seus voos das próximas semanas, juntando-se a outras aéreas que estão fazendo paralisações diante da pandemia.
"Agora está claro que o coronavírus é de longe a maior crise da história da aviação", disse o presidente-executivo da Finnair, Topi Manner, enquanto a companhia anunciava uma redução de capacidade de 90% e seu segundo alerta de lucro em três semanas.
Em uma incomum declaração conjunta, as três principais alianças de companhias aéreas do mundo - oneworld, SkyTeam e Star Alliance - pediram ajuda de governos para aliviar os "desafios sem precedentes" enfrentados pelo setor.
A IAG, que também é dona da espanhola Iberia e da Vueling, disse que reduzirá a capacidade de abril a maio em pelo menos 75% e adiaria a aposentadoria do presidente-executivo Willie Walsh - mantendo o sucessor Luis Gallego no comando da Iberia enquanto o grupo enfrenta a crise.
Além de cancelar voos, o grupo anunciou medidas para congelar gastos discricionários, reduzir o horário de trabalho e suspender temporariamente os contratos de trabalho.
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