Igrejas reverenciadas da Terra Santa reabrem, mas ainda com restrições
As igrejas da Terra Santa que são reverenciadas como locais do nascimento e da morte de Jesus reabriram para fiéis e turistas nesta terça-feira, quando autoridades palestinas e católicas amenizaram as restrições do coronavírus.
Devido ao temor persistente da pandemia, a Igreja da Natividade de Belém está limitando o acesso a 50 pessoas por vez e exige que não estejam com febre e usem máscaras.
A Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, que a tradição diz ser o local da crucificação, morte e ressurreição de Jesus, também reabriu as portas, mas os fiéis terão que agendar as visitas previamente.
As duas igrejas foram fechadas em março, em um golpe na indústria turística local.
"O nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo deu esperança às pessoas mais de 2 mil anos atrás, e abrir a igreja hoje dará, acho, a todo o mundo a esperança de que esta pandemia terá fim ? não só na Palestina, mas em todo o mundo", disse o ministro palestino do Turismo, Rula Ma'ayah, à Reuters em Belém.
A cidade, situada pouco ao sul de Jerusalém, está entre as áreas em que os palestinos exercitam um governo de autonomia limitada na Cisjordânia, ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.
A Cisjordânia já registrou 423 casos e duas mortes por coronavírus.
A Igreja do Santo Sepulcro se localiza dentro da Cidade Velha murada de Jerusalém, também capturada por Israel em 1967. Suas portas ficaram fechadas durante o período da Páscoa por causa do coronavírus, e só um punhado de clérigos teve permissão de orar em seu interior.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que mesquitas, igrejas e negócios reabririam nesta terça-feira graças ao relaxamento das restrições, dado o ritmo lento das infecções.
A reabertura de locais de culto, lojas e fábricas coincide com o último dia do feriado do Eid El-Fitr, que assinala o fim do mês muçulmano de jejum do Ramadã.
Também se espera a volta das orações no complexo da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, no final desta semana após uma pausa de quase dois meses, de acordo com um comunicado publicado na semana passada por autoridades religiosas palestinas.
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