Topo

Quai Branly é 1° grande museu parisiense a reabrir após quarentena; Louvre só em julho

Museu Quai Branly em Paris, França - Getty Images
Museu Quai Branly em Paris, França Imagem: Getty Images

Da RFI

09/06/2020 13h25

O primeiro grande museu parisiense reabriu, após quase três meses fechado devido às medidas de quarentena flexibilizadas para evitar a propagação do novo coronavírus na França. O Museu do Quai Branly-Jacques Chirac recebe de novo o público a partir desta terça-feira (9), mas o número de entradas é restrito e é aconselhado reservar antecipadamente pela internet. Os outros grandes museus da capital reabrem nas próximas semanas.

Na primeira fase de relaxamento da quarentena na França, em 11 de maio, apenas os pequenos museus franceses foram autorizados a reabrir. Os outros tiveram que esperar a segunda fase da flexibilização do confinamento para pensar em receber de novo o público, respeitando as medidas de distanciamento social e de segurança sanitária.

O Museu do Quai Branly, também chamado de Museu de Artes e Civilizações da África, Ásia, Américas e Oceania, é o primeiro deles. O público poderá visitar de novo o moderno prédio ao lado da Torre Eiffel e redescobrir as belas coleções permanentes, que incluem muitos objetos dos povos indígenas brasileiros.

A exposição temporária "Helena Rubinstein, a coleção de Madame", inaugurada em janeiro e interrompida com o confinamento em 17 de março, também foi retomada. A curadora da mostra, Hélène Joubert, em entrevista à RFI, destaca a importância dos objetos adquiridos ao longo da vida por esse ícone da indústria de cosméticos.

"Ela também foi uma colecionadora pioneira e audaciosa da arte africana", diz Joubert. Ela começou a colecionar em 1908 objetos de pouco interesse na época e criou uma coleção mítica, leiloada em 1966. O museu conseguiu reunir 60 das 400 obras que integravam a coleção Rubinstein e que decoravam seus apartamentos em Nova York, Londres e Paris.

Máscaras obrigatórias

Por causa das novas normas sanitárias, o uso de máscaras pelo público é obrigatório. Outra precaução é a redução do número de visitantes.

O Quai Branly só poderá receber ao mesmo tempo no máximo 700 pessoas, isto é, metade do que normalmente. O percurso será balizado para distribuir o público entre as várias salas do museu.

Apesar de todas as restrições, o público aguardava impaciente a reabertura. "A arte fez falta durante o confinamento", declarou uma frequentadora assídua à radio France Info.

A reabertura do Quai Branly servirá de teste para os outros grandes museus parisienses. O Museu d'Orsay volta a funcionar em 23 de junho e o Museu do Louvre, que será uma das últimas instituições culturais francesas a reabrir suas portas, em 6 de julho.

A expectativa é que o público volte em peso para diminuir os enormes prejuízos provocados pela quarentena. Mas, em um primeiro momento, os museus poderão contar apenas com turistas franceses ou europeus, com a reabertura das fronteiras internas do continente a partir de 15 de junho.