Maioria dos passageiros pretende esperar seis meses após crise da covid-19 para viajar de avião
Uma pesquisa de opinião feita com 4.700 passageiros de avião em 11 países indica que a maioria (55%) não pretende voltar a fazer uma viagem aérea menos de seis meses após o final da pandemia de coronavírus.
O levantamento, realizado a pedido da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês), mostra quais são as principais preocupações em relação à segurança sanitária de pessoas que viajaram de avião recentemente.
Ao serem perguntados quando pretendem voltar a viajar após o controle da pandemia de coronavírus, 36% afirmaram que pretendem esperar ao menos seis meses; outros 14% disseram pretender esperar um ano e 5% afirmou não ter planos de pegar o avião em um futuro próximo.
Para 33%, seus planos de viagem devem esperar ainda um ou dois meses. E apenas 12% disseram não pretender aguardar para pegar um avião após a melhora da pandemia.
As respostas são preocupantes para a indústria aérea, uma das mais atingidas pela crise do coronavírus. O setor deve acumular perdas de US$ 84 bilhões neste ano, segundo Alexandre de Juniac, presidente da Iata.
"É por isso que continuamos lembrando que as medidas de socorro devem se estender além da situação inicial de emergência. A redução de custos, sob qualquer forma, será essencial - redução de impostos, de taxas de usuários ou encargos administrativos", elencou Juniac.
Mudança de hábitos durante a pandemia
A pesquisa procurou saber também como os passageiros aéreos mudaram de hábitos durante a pandemia. Entre os entrevistados, 77% disseram lavar as mãos com mais frequência, 71% evitar reuniões numerosas e 67% usar máscara em público.
Os viajantes identificaram ainda os principais momentos em que temeriam uma contaminação durante uma viagem. 65% disseram ter medo de se sentar ao lado de alguém infectado; 59% afirmaram ter medo de ficar em um ônibus ou trem lotado a caminho da aeronave; e outros 42% listaram as filas de check-in e embarque como um momento de risco.
Quando solicitados a classificar as três principais medidas que os tornariam mais seguros, 37% citaram a triagem contra a covid-19 nos aeroportos de partida, 34% concordaram com o uso obrigatório de máscaras e 33% gostariam que fosse mantido o distanciamento entre passageiros dentro das aeronaves.
A pesquisa entrevistou 4.700 pessoas que fizeram uma viagem de avião, por lazer ou trabalho, entre julho de 2019 e junho de 2020 dos seguintes países: Reino Unido, França, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Singapura, Austrália, Japão, Chile, Índia e Emirados Árabes Unidos.
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