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Covid-19: UE fecha cerco a viajantes britânicos para conter expansão da variante Delta

A partir de quarta-feira (30), os britânicos serão liberados de realizar a quarentena de 10 dias ao retornarem de Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera - AFP
A partir de quarta-feira (30), os britânicos serão liberados de realizar a quarentena de 10 dias ao retornarem de Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera
Imagem: AFP

28/06/2021 11h45

Os governos europeus estão preocupados com a rápida propagação da variante Delta. Temendo uma quarta onda de Covid-19, alguns países da UE se preparam para impor novas restrições a viajantes britânicos. Apesar de ter vacinado boa parte da população, o aumento das contaminações provocadas pela linhagem indiana do coronavírus no Reino Unido é preocupante.

A Espanha anunciou que voltará a exigir testes PCR negativos a turistas britânicos que desembarcarem nas ilhas Baleares: Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera. A medida não era aplicada desde o final de maio. O premiê espanhol Pedro Sanchez disse estar preocupado com a evolução da variante Delta no Reino Unido. A medida entrará em vigor em 72 horas.

O anúncio ocorre após Londres decidir incluir as ilhas Baleares na "lista verde" dos destinos seguros para a Covid-19. A partir de quarta-feira (30), os britânicos não precisarão mais realizar a quarentena de 10 dias ao retornarem de Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera. O governo britânico prevê suspender no início de julho as restrições que proíbem os cidadãos do país de viajar para o exterior.

Para tentar relançar o turismo, setor extremamente castigado pela pandemia, a Espanha abriu suas portas aos britânicos no último 24 de maio, mas sem a necessidade de apresentar um PCR negativo, contrariamente ao que é exigido aos viajantes da UE. A justificativa é que os britânicos são o primeiro contingente de turistas estrangeiros em território espanhol (18 milhões em 2019, antes da crise sanitária).

Alemanha estuda medidas

Segundo informações do jornal alemão Bild, a Alemanha pretende impedir que viajantes britânicos entrem na União Europeia, mesmo se estiverem vacinados, por medo da variante Delta. Já o diário britânico The Times afirma que Berlim quer que o Reino Unido seja classificado como um "país de preocupação sanitária".

A chanceler alemã, Angela Merkel, deve se reunir no próximo fim de semana com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com quem deve discutir a questão. Representantes dos governos regionais da Alemanha também irão debater nesta segunda-feira, com a líder alemã, medidas potenciais que poderiam ser aplicadas a todos os viajantes que retornam ao país, já que a Europa se aproxima das férias de verão.

França pode revisar relaxamento das medidas

A preocupante propagação da variante Delta em algumas regiões da França pode levar as autoridades sanitárias a voltarem atrás no relaxamento das medidas contra a Covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo porta-voz do governo francês, Gabriel Attal.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de lockdowns regionais, Attal foi taxativo: "a questão não está sendo abordada por enquanto, para nenhum departamento francês".

Segundo o porta-voz, a situação é particularmente preocupante em Landes, no sudoeste da França, onde a taxa de incidência da variante Delta está acima de 50 por 100 mil habitantes. "Então, é preciso olhar com atenção e vigiar a situação neste departamento e em toda a França", ressaltou.

Novos recordes na Rússia

Moscou e São Petersburgo anunciaram nesta segunda-feira que registraram novos recordes diários de mortes pela Covid-19. As autoridades sanitárias não estão conseguindo conter a propagação da variante Delta.

De acordo com dados oficiais, Moscou registrou 124 mortos e São Petersburgo 110 mortos nas últimas 24 horas, superando os recordes que as duas cidades já haviam batido no fim de semana.

A Rússia sofre com a aceleração da pandemia há algumas semanas. Com quase 134.000 mortes e mais de 5,4 milhões de casos, segundo o balanço oficial, é o país europeu mais afetado pela pandemia. A agência de estatísticas Rosstat contabiliza 270.000 mortos até o fim de abril.

A capital é o epicentro da nova onda: 2.000 pessoas em média são hospitalizadas diariamente por covid-19 e quase 75% dos leitos disponíveis já estão ocupados, afirmou o prefeito Serguei Sobianin.

(Com informações da AFP)