No pós-pandemia, Torre Eiffel volta a receber 13 mil visitantes por dia
Em dificuldades financeiras devido à crise provocada pela pandemia da covid-19, a Torre Eiffel registrou, em outubro, números de visitantes semelhantes aos anteriores à pandemia. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4), no mesmo dia em que o governo francês realizou uma cúpula chamada "Destino França", com o objetivo de manter o país como o principal destino turístico do mundo e atrair investidores.
Durante o verão europeu (inverno no Brasil), mais de 13 mil pessoas visitaram este símbolo de Paris, todos os dias. A média antes da pandemia era de 25 mil, ou seja, um número equivalente, considerando-se a atual capacidade limitada de 50% nos elevadores.
Já nos fins de semana de outubro, o número de turistas aumentou para mais de 20 mil, ou seja, "melhor que em 2019" no mesmo período, informou a Sete, empresa que administra o monumento e que observou um "retorno" de cidadãos de países vizinhos e dos Estados Unidos.
Quem visita a "dama de ferro", como é conhecida a Torre Eiffel, pode ver as obras de pintura que já foram retomadas, depois da suspensão, desde o início de fevereiro, devido à presença de vestígios de chumbo acima do limite permitido. Os trabalhos devem ser concluídos até os Jogos Olímpicos de 2024.
O monumento reabriu as portas em julho, após nove meses fechado, e registrou "um bom mês de outubro", graças a uma "real volta do turismo" à capital francesa, garantiu a Sete.
Nem a exigência do passaporte sanitário atrapalhou a visitação. Os turistas não vacinados devem apresentar testes de antígeno negativo para covid-19. Entretanto, com 1,5 milhão de visitantes previstos para 2021, comparados a 6,2 milhões em 2019, esse retorno progressivo não permitirá cobrir "as perdas acumuladas" com a crise, segundo a empresa.
Para este ano, a empresa prevê perdas de 75 milhões de euros (cerca de R$ 482 milhões). Em 2020, teve um déficit de 52 milhões de euros (cerca de R$ 334 milhões).
Plano para reconquistar o turismo
O encontro de cerca de cinquenta empresários franceses e internacionais do setor do turismo com o presidente Emmanuel Macron, faz parte da elaboração de um "plano para reconquistar o turismo", pretendido pelo governo, e que deve ser apresentado em meados de novembro pelo primeiro-ministro francês, Jean Castex.
Entre os presentes estavam representantes de investidores (Certares, KKR, Montefiore), de navios de cruzeiros (Carnival, Royal Caribbean Cruzeiro), do setor hoteleiro (Accor, Radisson, Marriott) e plataformas turísticas (Expedia, Virtuoso, Airbnb).
"Devemos multiplicar as sinergias entre os setores" e "pensar entre 5 e 10 anos para recolocar o turismo nos trilhos e que o destino França seja o primeiro", após uma crise sanitária que reduziu de 90 milhões o número de turistas estrangeiros na França, em 2019, para 40 milhões em 2020, disse Emmanuel Macron durante seu discurso no Palácio do Eliseu.
"Tínhamos 15 bilhões de euros em investimento por ano antes da crise, devemos apontar para 20 bilhões por ano", continuou Macron. "Preciso dos seus investimentos", concluiu o presidente.
Após o discurso, os convidados se dirigiram ao Hotel da Marinha, na Praça da Concórdia, para mesas redondas e debates bilaterais organizados pelo Secretário de Estado do Turismo, Jean-Baptiste Lemoyne.
O objetivo é destacar aos investidores os muitos ativos da França: sua cultura, sua gastronomia, seu fácil acesso para vizinhos europeus, sua forte clientela local, e "nomes" de regiões que falam internacionalmente (Côte d'Azur, Borgonha), mas também a sua infraestrutura de transporte e saúde.
Antes da crise sanitária, o setor do turismo representava 16 bilhões de euros em investimentos por ano na França. Com a pandemia, os investimentos caíram para cerca de 10 bilhões de euros, segundo dados da Atout France, Agência de desenvolvimento turística da França.
(*Com informações da AFP)
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