Após queda de infecções, Israel anuncia fim do passaporte sanitário para a covid-19
Israel está prestes a suspender o passaporte de vacinação e outras medidas após a queda no número de infecções pela variante ômicron no país. O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, anunciou nesta quinta-feira (17) que a partir de 1º de março o Passe Verde, o passaporte vacinal em vigor no país há mais de um ano, deixará de ser exigido. O atual sistema vai expirar em 28 de fevereiro e não será prorrogado.
Bennett prometeu anunciar, em breve, a suspensão de mais medidas contra a propagação da covid-19, como restrições a aglomerações e talvez até mesmo o uso de máscaras em locais fechados.
O Passe Verde é atualmente concedido apenas para moradores do país que tenham recebido três doses da vacina contra a covid-19 — as duas primeiras e o reforço. Quem não tem o documento — que pode ser apresentado fisicamente ou digitalmente através de um aplicativo do governo — não pode entrar em locais públicos fechados como restaurantes, cinemas, teatros ou hotéis.
Em instituições de ensino, repartições públicas e na maioria das empresas privadas, quem não tem o passaporte precisa apresentar o resultado negativo de um exame de covid para entrar. Ao que parece, quase tudo isso será revogado, com exceção da exigência de testes negativos para entrar em asilos de idosos.
O primeiro-ministro Bennett disse que a onda de ômicron, que começou em outubro, está no fim, com um declínio acentuado no número de casos graves verificados. Bennett afirmou, no entanto, que Israel precisa se preparar para as próximas ondas de coronavírus, que parecem ser inevitáveis. Mas, enquanto isso, deve abrir a economia e retomar ao maior nível possível de normalidade.
A economia israelense cresceu 8,1% em 2021, o maior em 21 anos. Mas a comparação é feita com 2020, o primeiro ano da pandemia, quando Israel implementou três lockdowns e o PIB caiu 2,4%. Setores como turismo e entretenimento foram os mais afetados pela pandemia.
O fim do Passe Verde foi anunciado quando Israel ainda registra altos números de infecções diárias entre a população. A média diária é de 25 mil novos casos por dia, na última semana. Mas, no auge da onda de ômicron, em 25 de janeiro, a média era de 100 mil casos por dia.
Houve uma queda de 75% em apenas três semanas
O número de pessoas internadas em estado grave também caiu de 1.250 para cerca de 890, uma queda de 30%, e o índice R, que reflete a propagação do vírus na sociedade, está em 0,6%, bem abaixo de 1. Isso significa que cada pessoa doente infecta menos de uma.
Diante disso, muitos hospitais já estão fechando as alas improvisadas de coronavírus que haviam criado no fim do ano passado. Mas, apesar das boas notícias, os números atuais ainda são altos em comparação com outras ondas. Na onda da delta, por exemplo, o máximo diário de novos casos registrado foi de 10 mil pessoas. Nesta quinta-feira (17) o número de contaminações chegou a 20 mil - o dobro do pior momento da delta.
Para alguns especialistas, talvez seja realmente cedo para determinar fim de medidas como o passaporte vacinal. A ômicron tem sido severa em Israel. Desde o começo de 2022, 1.450 pessoas morreram no país devido à covid entre um total de 9.710 desde o começo da pandemia. Mas, a abertura da economia parece pesar mais, neste momento, para o governo do país. Pelo menos até a chegada de uma nova variante da covid-19.
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