Topo

França dispensa uso de máscara em restaurantes e locais culturais fechados

O uso de máscara continua obrigatório no local de trabalho - Pibabay/Engin Akyurt
O uso de máscara continua obrigatório no local de trabalho Imagem: Pibabay/Engin Akyurt

28/02/2022 14h27

A França aboliu nesta segunda-feira (28) o uso de máscaras de proteção facial contra a Covid-19 em alguns locais fechados, como museus, cinemas, teatros e restaurantes. A medida faz parte da terceira etapa de suspensão das restrições de combate à quinta onda da epidemia, causada principalmente pela variante ômicron. O relaxamento é considerado arriscado por associações que defendem os interesses de pessoas que sofrem de imunodeficência.

O governo francês havia anunciado essa flexibilização há vários dias, ante a queda de novos casos da infecção viral. A motivação das autoridades foi restabelecer um pouco de liberdade aos portadores do passaporte vacinal, que continua a ser exigido na entrada de museus, cinemas, teatros e restaurantes.

Apesar desse relaxamento, o uso de máscara segue obrigatório no local de trabalho, em lojas, repartições públicas, nos transportes coletivos (metrô e ônibus), em viagens de trem e avião, circunstâncias em que os viajantes também precisam apresentar vacinação completa.

Ao longo de toda a pandemia, o governo francês foi questionado por adotar medidas muito restritivas e de forma indiscriminada. Entre os críticos mais ferozes estão alguns políticos de oposição e militantes antivacinas. Na perspectiva das eleições presidenciais de abril, e diante da queda de contaminações, o governo decidiu baixar a pressão.

No entanto, associações de familiares de pacientes imunodeficientes, como pessoas com câncer ou dependentes de diálise, pedem às pessoas que continuem a usar máscara nos locais culturais, para não isolar ainda mais os imunodeprimidos do convívio social. A variante ômicron também tornou as reinfecções frequentes, segundo a agência nacional de saúde.

Redução dos testes de diagnóstico

Nesta nova etapa de flexibilização, as autoridades diminuem o número de testes de diagnóstico recomendados para todos que tiverem contato com uma pessoa infectada pelo vírus. Em vez de três testes, agora o Ministério da Saúde sugere apenas um teste de PCR ou antígeno.

O tempo de isolamento recomendado aos casos positivos não muda, independentemente do esquema vacinal: a pessoa deve se isolar durante sete dias, a partir da data de aparecimento dos sintomas ou do resultado positivo do teste, se estiver assintomático. Se no quinto dia da doença, os sintomas tiverem desaparecido, a pessoa pode antecipar o teste e suspender o isolamento, caso o resultado seja negativo.

As escolas também têm flexibilizado a exigência de máscara. Na sala de aula, as crianças continuam usando o acessório obrigatoriamente, mas a proteção facial é dispensada durante o intervalo ao ar livre. Essas regras valem para todas as crianças acima de 6 anos de idade, professores e auxiliares.

Depois do pico epidêmico da quinta onda, atingido no fim de janeiro, os casos positivos de Covid-19 continuam caindo em todo o país, assim como as hospitalizações. No domingo (27), a França registrou 42.600 novos casos da infecção viral. Nos hospitais, 25.277 pessoas permaneciam internadas para receber tratamento contra a doença, enquanto 2.491 ocupavam leitos de UTI. Ao menos 52 mortes foram registradas em 24 horas. A média móvel de contaminações, que dá uma ideia mais adequada da evolução da epidemia em sete dias, estava em 57.500 casos, contra 59.844 no sábado.

Desde o início da pandemia, a França acumula 138.135 mortes pela Covid-19.