Bob Wolfenson engrandece a fotografia. A beleza das imagens e o requinte do seu modo de fotografar oferecem acesso privilegiado a instantes das vidas de mulheres e homens anônimos e famosos, jovens e velhos, vestidos ou completamente nus.
O fotógrafo completa 50 anos anos de carreira em 2021 e celebra a efeméride com um livro, à venda na internet, que reúne algumas das imagens mais emblemáticas deste meio século por trás das câmeras. "O nome é 'Desnorte' e se refere ao trânsito que faço pelos muitos gêneros da fotografia nos quais opero", conta.
Nascido e criado no bairro Bom Retiro, região central de São Paulo, começou sua carreira aos 16 anos como uma espécie de office boy no estúdio da então pujante Editora Abril. "Curiosamente, eu não era apaixonado pelo que fazia", relembra.
Aos 20 anos, abriu seu próprio estúdio, e oito anos depois, em 1982, deixou o Brasil e foi trabalhar em Nova York com Bill King, incensado fotógrafo que, entre outras megacelebridades, colocou Twiggy e Cindy Crawford na capa da "Vogue" americana.
Aos 66 anos de idade e com três filhas adultas morando fora de casa, Bob vive com a mulher em São Paulo, mas atualmente estão isolados num sítio no interior de Minas Gerais, de onde conversou com Nossa.