Os termômetros marcavam -3°C quando o avião deslizou, sob neve intensa e na escuridão do inverno nórdico, no pequeno aeroporto de Tromsø. Não era o cenário mais animador, mas havíamos nos preparado psicologicamente para o pior.
Eu e o fotógrafo e cinegrafista Marcello Cavalcanti desembarcamos sabendo que essa remota cidadezinha norueguesa de nome estranho (lê-se "Trumsa") tem pouquíssimas horas de luz no inverno, entre dezembro e março, e que as temperaturas podiam despencar.
Tivemos de abrir as malas no aeroporto para pegar gorro, luvas e casacos impermeáveis para o simples traslado até o hotel. E já no ônibus grudamos as caras no vidro de olho no céu. Quem sabe já víamos a tão desejada aurora boreal logo na chegada?