O som forte da chama do maçarico preenche o envelope colorido, enquanto o cesto de vime se afasta suave do solo. A tripulação mal começou a sessão de selfies e o balão já desliza no ar frio do lado de fora.
Voar em um balão de ar quente é daquelas experiências que fascinam viajantes de todas as idades, seja lá na Capadócia ou no interior paulista. Mas a experiência assume outros tons quando sob os pés está o maior conjunto de cânions da América do Sul, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
A gaúcha Cambará do Sul é o destino para ver do alto aqueles paredões de rocha basáltica, enquanto a vizinha catarinense Praia Grande é feita para caminhar entre muralhas de até 900 metros de altura.
E no meio de tudo aquilo, onde já não se escutam as inúteis discussões sobre a que estado pertencem os cânions, seguem os balões.
Embora a experiência em Cambará tenha começado tímida, há pouco mais de três anos, inspirada pelo Festival Internacional de Balonismo na vizinha Torres, houve um boom da atividade nesses meses de pandemia, quando cresceu a procura por atividades ao ar livre.
"Tem dias que 14 balões voam ao mesmo tempo", explica o empresário e guia Roni Bittencourt.
Nossa conversou com Taciela Cylleno de Mesquita, turista carioca que esteve recentemente na região com o marido e os dois filhos pequenos para voar de balão na Terra dos Cânions.