Junto há 10 anos, o casal vivia, em 2012, em uma casa convencional de pouco mais de 160 m² no Parque Continental, na Grande São Paulo, e assumira um financiamento de 40 anos."Tínhamos aquela mentalidade de casar, ter filho, morar em uma grande casa para criar as crianças", pontua a mãe de João Pedro, de 4 anos.
Robson trabalhava em um banco, onde alcançava promoções em curtos prazos de tempo. Isabel é turismóloga e atuava como gerente comercial de uma agência de intercâmbio, onde concentrava funções de metas e comissões.
Em abril de 2013, depois de uma crise de pânico, Bel foi diagnosticada com a Síndrome de Burnout, um distúrbio psíquico causado pela estafa do trabalho. Em agosto do mesmo ano, Robson correu para o hospital pensando estar sofrendo um AVC, porém, era um dos sinais de que estava sofrendo da mesma doença que a esposa.
Nos meses seguintes, o casal workaholic acumulou idas e vindas de licenças de afastamento dos trabalhos. "Foi quando descobri por acaso na internet um TED Talk sobre minimalismo", relembra Robson. "Logo depois, assisti a um outro sobre as tiny houses".
"Comecei a entender que muitas coisas que faziam parte da nossa vida eram fonte de estresse"
Apesar do espírito aventureiro, Bel não topou de bate pronto a ideia da moradia diminuta. "Sempre fui meio nômade e tinha o sonho de ter um motorhome para viajar o mundo", conta. "Porém, quando Robson me mostrou uma tiny house pela primeira vez, disse que nunca iria morar em uma casa dessas". Mas em pouco tempo ela amadureceu a ideia e embarcou com o marido nessa aventura. "Depois de mais pesquisas, vi que era a solução perfeita para a gente", relembra.