Em alguns lugares do Neguev, dá para esquecer que se trata de um deserto, seja pelas surpreendentes vinícolas ou nos kibutzin, que podem ir de megaestruturas a comunidades simples. Também há o famoso "boiar" pelas águas do Mar Morto, atração imperdível.
Mas é no extremo-sul de Israel, em uma ponta espremida entre o Egito e a Jordânia e de frente para um infinito Mar Vermelho, que tudo fica mais surprendente.
Lá está Eilat, um balneário gigantesco em pleno deserto.
Chegando ao destino onde há sol, garantem, 360 dias por ano, é possível entender por que é um lugar que inspira ódio e amor entre os israelenses, tão orgulhosos da combinação entre modernidade e tradição que o país inspira.
Eilat lembra bastante Miami — e nem a que surge como um novo polo cool dos EUA, mas aquela quase cafona de outras épocas.
Zona franca da região (ou seja, nada de impostos para um país caríssimo, diga-se), a cidade atrai quem busca boas oportunidades de compras e as atrações mais alardeadas são os shoppings e lojas da orla.
A localidade também é um dos principais destinos de verão entre as numerosas famílias locais e não faltam belos pontos às margens do Mar Vermelho para aproveitar o sol e (tentar) entrar na água com uma faixa que não tem areia, mas verdadeiros pedregulhos.
Para não esquecer que o deserto mora ao lado, em minutos é possível entrar pelos ranchos beduínos e andar de camelo.
Mas é na água avistada em mais de 20 praias, no entanto, que Eilat se torna realmente interessante ao olhar estrangeiro.
Seja pelo completo parque marinho da cidade, que abriga um divertidíssimo observatório subaquático, ou pela possibilidade de mergulhar ao lado de golfinhos — que, segundo a administração local, estão livres no mar e surgem por uma gratidão pelo resgate. Aos menos corajosos, não faltam spas à beira-mar.
Quem poderia imaginar que o deserto poderia ser tão relaxante.
*A jornalista viajou a convite do Ministério do Turismo de Israel no Brasil