Doce demais, muito refém do leite condensado, influenciada por estrangeirismos? Muitos adjetivos negativos (não sem razão) foram atribuídos à doçaria brasileira nos últimos anos.
De chefs famosos que torceram o nariz para nosso brigadeiro à profusão de modismos que definiram modelos de negócios (cookies, paletas mexicanas, cupcakes, etc), a nossa confeitaria foi para muitos lados e acabou perdendo muito de sua identidade.
Mas há uma nova geração de confeiteiros, boleiros e apaixonados por doces dispostos a resgatar o que nossas sobremesas têm de mais autêntico — e especial.
Ao trazerem de volta as receitas das avós e aquelas que se faziam nas fazendas, ao olhar a riqueza de frutas que podem ser usadas em diferentes preparos e ao valorizar o ingrediente nacional, eles estão ajudando a construir um novo capítulo da nossa confeitaria.
E, com ela, trazer a público uma nova leva de profissionais que estão saindo do forno mais dispostos do que nunca a mostrar nossas doces raízes.