Poucos discordariam que Cristiano Ronaldo é o madeirense mais famoso do mundo — embora o Google às vezes responda essa pergunta com o nome do fadista Maximiano de Sousa, morto em 1980, como seu morador mais ilustre.
Nascido no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, Cristiano é unanimidade na Madeira. Todas as vezes que perguntei a algum morador sobre o que o jogador português poderia fazer pela ilha, as respostas vieram diretas como um chute no meio do gol: "fazer mais o quê?".
Cristiano Ronaldo reforçou o destaque da Ilha da Madeira no mapa. Porém, mesmo com tanta idolatria, são poucas vezes que vemos a imagem do craque no dia a dia. É possível ver mais referências ao político britânico Winston Churchill, que visitou a ilha em 1950, em quadros de bares e hotéis do que do craque português.
No centro, flagramos apenas uma foto do jogador pendurada em uma vitrine de um estúdio de tatuagem — e olha que o Cristiano não tem nenhuma tattoo. Quase todas as referências ao atacante estão concentradas em um lugar só: na orla próxima da Marina do Funchal.
É ali onde está o CR7 Museu, o hotel Pestana CR7 e lojas que vendem todos os tipos de penduricalhos com o rosto do jogador: chaveiros, meias e até panos de prato.
Na entrada, há uma estátua de bronze onde os fãs fazem fila para tirar fotos (não aquela do aeroporto que causou polêmica e foi trocada).
Com entradas a 5 euros, esta não é uma parada obrigatória ao turista casual. A não ser, claro, que você seja fã do atacante.
Interatividade também não é o forte do museu, que tem dezenas de prateleiras com camisas, troféus, bolas e chuteiras que recontam a carreira vitoriosa de Cristiano.
Entre tantos itens, as estátuas de cera — e uma de chocolate — acabam sendo as atrações mais fotografadas pelos visitantes. Há versões com a camisa da seleção portuguesa, Real Madrid e de seu clube atual, o Al-Nassr, da Arábia Saudita.