Muitos países são famosos por suas bebidas: é assim com o uísque escocês, o gim inglês e a tequila mexicana, por exemplo. Em outros lugares, porém, nem sempre se dá a importância devida às suas bebidas, como o Brasil faz com a cachaça.
Apesar de o destilado feito com cana-de-açúcar ser reconhecido como produto genuinamente nacional (com padronização definida por decreto presidencial, inclusive) e ser associado no mundo inteiro com o Brasil, até hoje existe muito preconceito em torno da "marvada".
Para profissionais envolvidos até o gargalo com a bebida, a visão pouco simpática do "cachaceiro" ou "pé-de-cana" tem relação com nossa história e o fato de, geralmente, acharmos que tudo o que vem de fora é melhor.
Essa situação, felizmente, está mudando nos últimos anos, com a valorização dos ingredientes nacionais. Há um projeto bem encaminhado para distinguir cachaças artesanais das industriais e, nos bares, a cachaça mostra sua versatilidade em coquetéis que vão além da caipirinha.
Segundo os especialistas ouvidos por Nossa, o caminho ainda é longo - mas é melhor do que já foi.