Dividir quarto com outras 16 pessoas, sair a esmo com um mapa de papel, entrar em qualquer biboca para comer, varar dez cidades em duas semanas. Se é isso que você entende por viagem de mochilão, saiba que os tempos são outros.
É o que atesta uma pesquisa do principal site de reservas de hostels do mundo, o Hostelworld, que entrevistou mais de 5 mil pessoas de sete países (incluindo o Brasil) e analisou o comportamento de diferentes gerações de mochileiros.
Em comparação com os viajantes do passado, os millenials (ou geração Y) e a geração Z viajam mais, têm maior interesse por experimentar a culinária local dos destinos, fazem trabalho voluntário e são mais propensos a ter experiências culturais do que sair à noite.
Superconectados, têm todas as informações, resenhas, comentários, notas e fotos à mão para planejar seus itinerários, e o fazem com maior antecedência.
Eles podem até não se importar em dormir em quartos compartilhados, mas querem muito mais do que os albergues simplões de outrora: procuram hostels confortáveis e bem decorados que ofereçam atividades e serviços especiais.
E não se importam em pagar mais por isso. A preocupação com grana ainda existe, claro, mas os novos mochileiros tendem a desembolsar mais para dormir, comer e passear. Essa tendência está transformando a indústria do turismo e, principalmente, a dos hostels, que deixaram a alcunha "albergue" em desuso.