Há uma década, pela primeira vez, o número de pessoas vivendo em cidades ultrapassou o daquelas que moram na zona rural. É um movimento crescente. Até 2050, a Organização das Nações Unidas prevê que sete em cada dez habitantes do mundo viverão em áreas urbanas. Só na última década, cerca de 2 milhões de brasileiros deixaram o campo, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mas na contramão desse fenômeno global, há gente disposta a trocar o concreto pela roça. Em busca de um estilo de vida mais saudável e conectado com a natureza, tentam combinar as habilidades de quem vive e trabalha em grandes centros com as tradições e o patrimônio cultural rural.
Deixam empregos em grandes empresas e escritórios para se tornarem produtores de cachaças, porcos, queijos e vegetais orgânicos. E usam suas formações qualificadas para administrar os negócios com foco em manejos sustentáveis, mirando em consumidores exigentes, conscientes e conectados com as práticas modernas de alimentação, saúde e produção.
Nos Estados Unidos, onde acontece um comportamento semelhante, eles foram chamados de "rural millennials" (algo como "millennials rurais" em português). Uma onda que começa a ganhar mais força também por aqui. Conheça alguns dos "novos caipiras".