Coxinha, torresmo, caipirinha. Muitos dos ícones brasileiros são servidos num balcão de bar. O que provam os endereços que figuram no Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes, porém, é que as receitas que vão nos pratos e nos copos dos melhores bares da capital paulista estão cada vez mais surpreendentes e criativas.

Para chegar a esses estabelecimentos, reunimos um júri formado por 20 pessoas, entre especialistas, influenciadores e celebridades aficionadas por biritas das boas. Cada pessoa votou nos seus bares prediletos em 10 categorias e a somatória de pontos resultou nos rankings finais.

Os campeões de Melhor Cozinha de Bar, Bar de Drinques, Bar de Chope e Cerveja, Bar com Música e Boteco foram revelados como "spoilers" da premiação geral, revelada nesta segunda-feira (7). Agora, conheça quem leva os prêmios especiais, de Melhor Bartender, Melhor Bar (pelo júri especializado e na votação popular) e Melhor Estreia de São Paulo.

ÍNDICE

Keiny Andrade/UOL

Melhor Bar e prêmios especiais

Você está aqui. Veja abaixo os bares campeões e os prêmios de Melhor Bartender e Melhor Estreia

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Melhores bares por especialidade

Do Melhor Boteco à balada campeã, conheça os vencedores da boemia em cada categoria

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Melhor Restaurante e prêmios especiais

Conheça o Melhor Restaurante de São Paulo, Melhor Chef e Melhor Estreia

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Melhores restaurantes por especialidade

Conheça os campeões por categoria, de Pizzaria a Melhor Brasileiro

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Luiz Felippe Mascella está em alta: seu nome foi o mais repetido pelos jurados do Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes. O longo tempo de experiência em comparação à idade — tem 29 anos e sabe o que é o poder da hospitalidade desde os 14 — estão entre os motivos que direcionam a ele os holofotes e o título de Melhor Bartender de São Paulo.

A aptidão para os negócios gastronômicos vem de família. É irmão de Luiz Affonso, o Lula, do bem-sucedido Picco, e filho de Luiz Antônio, com quem aprendeu como é estar do outro lado do balcão durante a adolescência na extinta pizzaria Ritto.

Fora das asas genitor, também passou pelo Spot, pelo Ritz e, a partir de 2019, mostrou ao público sua facilidade em criar conceitos igualmente arredondados e arrojados.

O Regô abriu as portas no centro a fim de provocar. Com aço, concreto e grafite, o espaço que dialoga com a região conhecida pelas drogas e prostituição é palco para a alta coquetelaria e o serviço de primeira, que opera até as 3 horas da manhã.

A carta aposta no que a clientela geralmente dispensa: misturas alcoólicas, secas e amargas. Mesmo assim, Luiz chega a vender 300 drinques como o sulista (de jerez, folhas de yuzu, vermute, sálvia e angostura) numa noite.

Inaugurado em 2022, o Terê é mais engomadinho. A luz é baixa, o clima é intimista, a cozinha conta com criações autorais de inspiração europeia e as opções de coqueteis abraçam mais paladares. O terê smash (gim, amaro, morango, limão-siciliano, hibisco, pimenta habanero, e manjericão) contém um dulçor que fica longe do tédio. Assim como a sua carreira.

Até o fim do ano, Luiz anunciará um novo bar-restaurante. Dessa vez, fora do centro da cidade e com outro quadro de sócios. Felizmente, a quantidade de trabalho e o tamanho da responsabilidade não assustam quem nunca tirou os pés do chão:

Essa profissão é apaixonante, mas não é para todo mundo. Tem que estar preparado para se fod*r. É um estilo de vida divertido, gratificante e cansativo"

Regô
Rua Rego Freitas, 441, República.
@ao.rego

Terê
Rua General Jardim, 427, Vila Buarque.
@ao.tere

O endereço número 1 na categoria Cozinha de Bar é também considerado o Melhor Bar de São Paulo pelo júri do Prêmio Nossa.

Isso significa que, no Tan Tan, o peso que se dá aos comes é o mesmo para os bebes. Aparentemente óbvia, a equação não é fácil de ser executada com excelência, especialmente quando foodies ao redor do mundo estão de olho em cada mudança.

Na última delas, o chef-fundador Thiago Bañares e o bartender Caio Carvalhaes tomaram uma decisão arriscada: dar passos atrás nas criações, muitas delas de pegada asiática, e retomar conceitos chaves da coquetelaria. A proposta da carta chamada "back to basics" (em português, "de volta ao básico") é dialogar com o público que chega ao número 153 da Rua Fradique Coutinho para conhecer o representante brasileiro das prestigiadas listas internacionais.

Os drinques foram divididos em cinco categorias: (1) refrescantes e borbulhantes, (2) cítricos e adocicados, (3) martinis secos e cristalinos, (4) aperitivos amargos e potentes e (5) os mocktails leves e sem álcool, que são tendência entre os jovens.

Com tequila, cachaça, acerola, limão e dill, o ortiz pertence à primeira família. Já o mr. igarashi, que combina o destilado coreano shochu a vodca, vermute, licor de flor de sabugueiro e caju, é considerado um tipo de martini. Thiago resume:

O plano é tentar, de uma maneira simpática e inclusiva, dar referências para o cliente se sentir mais à vontade para escolher um coquetel"

Para além do discurso, as receitas servidas no copo instigam o paladar tanto de debutantes quanto de experientes — ainda mais quando acompanham petiscos como o tempurá de batata frita e a asinha melada no chili adocicado.

Tan Tan
Rua Fradique Coutinho, 153, Pinheiros.
@tantannb

Aqui está mais uma prova de que o Bar do Luiz Fernandes é um xodó dos paulistanos. Com uma mão na votação do Prêmio Nossa e a outra sonhando em segurar o suculento bolinho de carne da Dona Idalina, o público elegeu o estabelecimento como o Melhor Bar da cidade.

Trata-se de uma honraria em dose tripla. Nas categorias antecipadas por Nossa, o representante da zona norte levou a terceira colocação no ranking de Melhor Boteco e foi considerado o dono da Melhor Cozinha de Bar pelo júri popular.

Afinal, qual a chave do sucesso do empreendimento que começou após a mercearia da família ir à falência e hoje lota as três unidades todos os fins de semana?

O primeiro ponto é a hospitalidade sem frescura. É só arrastar um dos banquinhos de plástico e se achegar. Levantar a mão e pedir o cardápio a um dos atendentes — simpáticos mesmo em meio a correria. A partir daí, não importa o que aconteceu no seu dia: tudo ficará bem.

Isso porque escolher o que comer é fácil — e assim chegamos à segunda fase da resposta. As opções são vastas e o preço é atrativo. Mas o principal é que todas as receitas da família são uma delícia e acompanham bem a caipirinha, a batida ou a dose de cachaça.

O mineirinho é o pão de queijo frito recheado de pernil desfiado, queijo e pimenta biquinho. Já o 50tinha, de joelho de porco envolto em massa de batata servido com chucrute e mostarda escura, tem sabor mais intenso. Para completar, ainda dá para pedir uma pitada de nostalgia e voltar no tempo com o balcão de acepipes, que foi moda em décadas passadas.

Bar do Luiz Fernandes
Rua Augusto Tolle, 610, Santana.
@bardoluizf

Um imóvel a 100 metros do Takko, cafeteria que Flávio Seixlack e Rodolfo Herrera comandam há 10 anos, foi desocupado após uma sapataria aberta na década de 1960 encerrar as atividades na pandemia. Era o lugar perfeito para abrigar um dos primeiros bares de audição de São Paulo, projeto que a dupla sonhava desde 2019, ao lado do terceiro sócio, Denis Fujito.

Em julho de 2023, o Domo abria as portas no espaço reformado. Com atenção especial à acústica e à iluminação, a transformação foi pensada de modo a instaurar um clima ao mesmo tempo íntimo e despojado.

O público pode assistir à discotecagem de perto — o DJ trabalha lado a lado da equipe do bar, bem na frente das prateleiras que guardam a coleção de pelo menos 400 vinis.

A cada noite, rolam duas apresentações. O início e o fim do set marcam também os turnos da casa — uma leva de clientes entra às 19h e outra, às 21h30. É tempo o suficiente para provar outros dois motivos que fazem do endereço a Melhor Estreia pelo júri do Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes: a carta de drinques assinada por Mari Mesquita e executada por Rodolfo Carvalho e as comidinhas caprichadas, atualmente expedidas sob o olhar de Gabriela Rodrigues.

O que rege todas as criações é a combinação entre referências ocidentais e asiáticas, mais especificamente do Japão, China e Coreia do Sul. Tem ameixa japonesa (umê) no coquetel que une saquê, aperitivo Ramazzotti, suco de limão e lavanda. Já o topokki, massinha de arroz coreana, é servido em versão cacio e pepe, com fonduta de queijos e pimenta chinesa sichuan. São misturas não óbvias que prometem à boca a mesma surpresa que a boa seleção de música proporciona aos ouvidos.

Domo
Rua Major Sertório, 452, Vila Buarque.
@domobarsp

Os campeões por especialidades

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Melhor Boteco

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Melhor Balada

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Melhor Cozinha de Bar

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