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O que faz um bom bar? Pode ser a comida, a carta de bebidas, a habilidade dos bartenders na execução dos coqueteis, a simpatia dos atendentes, a 'vibe' que combina com o público, o som que sai das caixas de música?

É difícil cravar uma única resposta. Ainda mais se tratando de São Paulo, onde a competição é ferrenha e o espaço para criatividade, enorme. É para dar conta de tantas particularidades que o Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes criou 10 categorias e selecionou 20 pessoas para participar do júri.

Entre jornalistas, influenciadores e celebridades craques na arte de levantar o copo, cada pessoa elegeu os seus três endereços favoritos em cada modalidade. A soma de pontos levou aos campeões, celebrados nesta lista. Um brinde aos vencedores!

ÍNDICE

Keiny Andrade

Melhores bares por especialidade

Você está aqui. Veja abaixo os eleitos por categoria, de Melhor Boteco à balada campeã

Keiny Andrade/UOL

Melhor Bar e prêmios especiais

Conheça os vencedores de Melhor Bar pelo júri e no voto popular, Melhor Bartender e Melhor Estreia

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Keiny Andrade/UOL

Melhor Restaurante e prêmios especiais

Conheça o Melhor Restaurante de São Paulo, Melhor Chef e Melhor Estreia

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Keiny Andrade/UOL

Melhores restaurantes por especialidade

Conheça os campeões por categoria, de Pizzaria a Melhor Brasileiro

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O Melhor Bar de Vinhos de São Paulo tem jeitinho muito próprio. Provavelmente porque personalidade é o que não falta nas donas, as sommelières Cassia Campos e Daniela Bravin.

A dupla, que já tocava em conjunto um clube de assinaturas de vinhos, transformou, em 2018, a garagem de um charmoso predinho da Rua Benjamin Egas, em Pinheiros, em um dos destinos mais queridos por quem aprecia boas taças, mas está farto das formalidades ao redor do assunto.

O espaço interno é pequenino. Boa parte do público se acomoda na varanda ou do outro lado da rua, onde o paredão grafitado e as cadeiras de praia criam um cenário único na capital. Para escolher os vinhos, porém, é necessário se dirigir até o balcão.

A curadoria de rótulos, executada com maestria pelas proprietárias, é diversa. Há opções em taça ou garrafas. Para guiar o público, a equipe explica sobre os produtores, o processo de produção e as características da bebida.

Como as comidinhas se resumem a tábuas de queijos e frios, está liberado pedir delivery e fazer a sua própria harmonização. Melhor ainda é quando é dia de evento e se pode provar petiscos quentinhos preparados por algum restaurante parceiro.

Sede261
Rua Benjamim Egas, 261, Pinheiros
@sede261

Essa não é só mais uma balada em São Paulo. Desde que foi inaugurada, em 2018, a Tokyo abalou o setor com a proposta de ser múltipla. Instalado num prédio na região da República, no centro, o estabelecimento ocupa quatro andares com atividades distintas em cada um. Isso multiplica por quatro as chances de conquistar os frequentadores e também o júri do Prêmio Nossa, que confere à casa o título de Melhor Balada da metrópole.

É no rooftop que a galera tira foto com os letreiros luminosos mais a vista da cidade de fundo e o DJ toca o que combina com a festa do dia. Podem rolar hits dos anos 1980, brasilidades, música eletrônica e funk.

O sexto andar, onde fica o karaokê, é provavelmente o piso mais disputado. Quem não quiser aguardar a vez da sua canção favorita para soltar a voz pode reservar uma sala, subir um lance de escada e curtir separadamente com os amigos.

O oitavo pavimento recebe os que não dispensam uma comidinha no meio do rolê. Chegam às mesas do restaurante receitas asiáticas. Mas é claro que o lugar, pensado para agradar a tantos gostos pela diversidade, não poderia deixar de considerar os paladares mais restritos — eles encontram refúgio nas opções ocidentais ou vegetarianas.

Tokyo
Rua Major Sertório, 110, Vila Buarque
@tokyo.sp

A história de uma cervejaria artesanal raiz inicia-se quase sempre com amigos que fazem cerveja em casa, resolvem vender sua produção e se profissionalizar.

A Trilha começou assim, num laboratório improvisado no restaurante do chef Beto Tempel em São Paulo. Ali, ele e o amigo de jardim de infância Daniel Bekeierman começaram a elaborar suas primeiras receitas.

A virada veio com a criação da Melonrise, Juicy IPA considerada perfeita pelos rapazes, antes do estilo entrar em moda (até hoje é a mais vendida da marca).

Dando um chega pra lá na obviedade, a Trilha — eleita o Melhor Bar de Cerveja pelo Prêmio Nossa — ganhou espaço próprio, num sobrado de Perdizes, onde por um bom tempo funcionou a fabriqueta. Uma usina de inovação, lançando de azedas sour beers a doces pastry stouts.

O bar de Perdizes ainda existe, mas hoje a Trilha tem espaço amplo na Barra Funda, onde centralizou a produção e abriu a Trilha Fermentaria. Uma cerveja nova é lançada por semana e, nessa batida, Daniel contabiliza mais de 400 receitas preparadas em 8 anos de história.

Na Fermentaria, além de curtir a variedade de estilos da bebida, é possível provar as pizzas de massa de malte e levedura de cerveja, rústicas e crocantes. Petiscos acompanhados do pão feito com a mesma massa também saem da cozinha liderada pela chef Gabi Guerreiro.

Trilha Cervejaria
Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 390, Barra Funda; Rua Apinajés, 137 Perdizes; Rua Pedroso Alvarenga, 569 Itaim.
trilhacervejaria.com.br

Quase não há artista na cena musical paulistana que não queira tocar no Bona Casa de Música. O lugar é confortável, não muito grande, tampouco minúsculo. O público fica à vontade, a acústica é perfeita e fica estabelecida uma relação íntima entre palco e plateia. Não à toa, a casa foi eleita o Melhor Bar de Música de São Paulo no Prêmio Nossa.

A dama Alaíde Costa comemorou seu aniversário ali. Zeca Veloso apresentou-se no Bona, com direito a uma canja do pai. Filipe Catto, Ná Ozetti, Odair José, Jonathan Ferr, Zé Ibarra, Alice Caymmi, Curumim, Fabiana Cozza são alguns nomes que batem ponto no lugar.

A sócia Manuela Fagundes explica que a programação é montada privilegiando o impacto cultural dos artistas, nossa diversidade musical e também fazendo apostas em novos nomes que prometem brilhar na cena.

O Bona tem 8 anos e surgiu, ingenuamente, como diz Manuela, num restaurante de Pinheiros, em que ela, o marido e o cunhado eram sócios. Como o lugar só servia almoço, deciciram aproveitar o espaço para apresentar alguns shows à noite, sem muito compromisso.

O ponto pegou, virou referência musical, mas foi abaixo em 2022, com a casa cedendo lugar a um empreendimento imobiliário. Reaberto em abril de 2023, hoje ocupa três imóveis no bairro do Sumaré. Em versão mais ampla e bem mais confortável.

Bona Casa de Música
Rua Dr. Paulo Vieira, 101, Sumaré
@bona_casa_de_musica

Antes conhecido como "o templo do uísque em São Paulo", o Caledonia transpôs essa fama e firmou-se como um dos melhores bares de alta coquetelaria da cidade — fama confirmada pelo Prêmio Nossa com o título de Melhor Bar de Drinques.

Uísques escoceses, japoneses, estadunidenses ou brasileiros ainda dominam a cena, mas dividem espaço com o gim, a vodca, o conhaque, o rum.

Sem ostentações, o sóbrio salão revestido em carvalho é palco para quem quer impressionar — seja o novo date, o amigo estrangeiro que acaba de chegar, o cliente com quem se quer fechar um bom negócio. O ambiente e a qualidade dos coquetéis encarregam-se da boa imagem.

Ser chique e despojado ao mesmo tempo vem da gênese quase casual do bar, em 2019. Mauricio Porto (autor do blog O Cão Engarrafado) e Guilherme Valle procuravam um lugar para centralizar as aulas de uísque que produziam. Encontrado o imóvel, decidiram também montar uma loja e se perguntaram: por que não um bar?

Hoje, o Caledonia oferece mais de 260 rótulos de uísque, para levar ou beber ali. E renova a carta de coquetéis contando histórias: a própria saga do uísque, clássicos do cinema e variações de Martini já foram tema para drinques.

A nova carta elege clássicos da coquetelaria que marcaram época e lugar na história. Tudo vai bem com a cozinha opulenta da casa, seus gordos hambúrgueres e, em especial, a barriga de porco glaceada no bourbon.

Caledonia Whisky & Co.
Rua Vupabussu, 309, Pinheiros
@caledoniabar

Em quase dez anos de operação, o Tan Tan nunca perde o ar de novidade. A euforia do público na porta vai crescendo à medida que o endereço ganha projeção internacional.

Embora os coqueteis, criativos e equilibrados, chancelam o bar como um dos melhores do mundo, são as comidinhas — únicas na cidade — que viciam os clientes. Não à toa, a Melhor Cozinha de Bar, para o júri do Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes, é a de Thiago Bañares.

A união do seu repertório profissional — com passagens pelo D.O.M., Arturito e Z Deli — às raízes da família parte chinesa dá origem a petiscos como o wonton de camarão incrementado com chili crunch (molho à base de de óleo de gergelim e pimenta), shoyu e gergelim.

Prepare-se para lambuzar os dedos com a asinha de frango crocante melada em chili adocicado, gergelim e amendoim. É um dos preparos queridinhos da casa, assim como a batata frita de interior macio empanada em massa de tempurá, que recebe maionese, pó de algas e ovas de salmão.

Para completar o banquete, a torta de chocolate inspirada na custard lemon pie mudou de textura desde que um estagiário deixou as gemas cozinharem demais e, sem querer, descobriu o segredo da textura perfeita para acompanhar o creme inglês.

Tan Tan
Rua Fradique Coutinho 153, Pinheiros.
@tantannb

Especialista em churrasco, Romulo Morente viajou o Brasil com o seu fogo de chão e um sonho na cabeça: abrir um boteco democrático com cerveja gelada e comida boa. Inspirado por endereços cariocas e mineiros, onde a galera ocupa a calçada sem medo, o paulistano inaugurou o Moela com a ajuda de um grupo de sócios.

Há 4 anos, a trupe oferece ótimos bolinhos por preços que cabem em muitos bolsos. Entre eles, o de carne enriquecido pelo tutano do boi e o de milho com gorgonzola. O bolovo, um clássico da botecagem que foi "resgatado" pela nova geração de bares, aqui leva massa de abóbora abóbora com rabada. Diferentão, o croquete mistura com esperteza a costela cozida ao vinho tinto ao purê de mandioquinha. Ambas as unidades, instaladas na Santa Cecília e em Pinheiros, exibem uma vitrine dedicada a receitas frias, que incluem os miúdos favoritos do chef: moela em salsa verde e língua ao vinagrete.

O público, já acostumado com o jeitão do bar, pede cerveja de 600 mililitros para dividir com a turma ou fica na batida de cachaça da casa e leite condensado mais maracujá ou leite de coco. O caju amigo, preparado com compota da fruta, limão e cachaça, é outra pedida frequente que não cansa nem quem bate ponto todos os finais de semana no Melhor Boteco de São Paulo pelo Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes.

Moela
Rua Canuto do Val, 136, Santa Cecília.
@barmoela

Grandes campeões do Prêmio Nossa

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Keiny Andrade/UOL

O Melhor Bar de São Paulo

Confira qual levou o título na votação dos jurados, o campeão pelo público e os vencedores de Melhor Bartender e de Melhor Estreia.

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O Melhor Restaurante

Conheça qual foi o grande campeão pelo júri, o vencedor do voto popular, além dos resultados de Melhor Chef e de Melhor Estreia.

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Restaurantes por especialidades

Da Melhor Pizzaria e Melhor Árabe à Melhor Hamburgueria, saiba quais restaurantes foram eleitos em cada categoria do Prêmio Nossa.

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