A luz vermelha de uma charmosa adega ilumina o nome do país conhecido mundialmente pelo verão 40º. Está lá, estampado em letras escritas à mão nas paredes do único hotel cinco estrelas de Aspen: BRAZIL — assim mesmo, com Z.
É a primeira pista de que, sim, esta região de esqui virou um apêndice do território brasileiro no coração dos Estados Unidos. Especialmente entre dezembro e abril, quando as neves fazem ferver Aspen e Snowmass — o vilarejo vizinho (e mais exclusivo, diga-se) —, uma considerável parcela dos 'moradores' ocasionais fala português.
Somos tantos — e tão ricos — por lá que ganhamos até um apelido: Brazilionários. Se existisse um dicionário à la "Succesion", série que sacramentou o termo quiet luxury, o verbete seria definido como: grupo de endinheirados brasileiros que adoram o estilo de vida de Aspen.
"Os brasileiros estão por toda parte", confirma para mim o CEO de Aspen Snowmass, Geoff Buchheister. Não são todos milionários, obviamente, mas não dá para negar que é preciso bala na agulha para desfrutar o destino — e fingir naturalidade quando cruza com uma celebridade (e isso vai acontecer).
O que contribui para esse fenômeno? Descobrir isso foi uma das minhas missões nesta reportagem. Let's go.