Em 2019, segundo a GBTA (Global Business Travel Association), o mercado global de viagens de negócio girava em torno de US$ 1,5 trilhão. No mesmo ano, esse segmento movimentou R$ 76 bilhões e cresceu 9,5% no Brasil, de acordo com a Abracorp (Associação Brasileira de Viagens Corporativas).
Com a chegada da pandemia, o ano passado registrou perdas de aproximadamente R$ 50 bilhões no setor no Brasil — só no bimestre abril-maio, a retração foi de 97%. O home office reconfigurou modelos de trabalho e gerou questionamentos sobre a real necessidade das viagens para se fechar, de fato, novos negócios.
Neste final de 2021, há um horizonte mais otimista. Com a vacinação avançando, desde agosto passado o setor vive uma curva ascendente.
Embora órgãos internacionais como a GBTA apontem que a recuperação deve vir somente em 2025, há quem espere que esse ano alcance algo entre 60% e 70% do que tal mercado era em 2019. Mas pesquisa realizada no primeiro semestre deste ano pelo TRVL Lab, em parceria com a Elo, revelou que as constantes viagens a trabalho de algumas profissões passarão a ser mais restritas também por conta do impacto delas nas relações familiares.
Um dos maiores especialistas no setor, Gustavo Bernhoeft, sócio-diretor da LTN Brasil e diretor da TP Corporate (em sociedade com a Teresa Perez Tours), divide nesta entrevista suas impressões sobre o mercado atual e os caminhos possíveis para o turismo de negócios.