"Eu fiquei muito embargada, me deu um negócio", diz a chef Janaína Torres sobre sua reação ao saber que foi eleita a Melhor Chef Mulher do Mundo pelo World's 50 Best, aquele que se tornou o mais influente prêmio da gastronomia atual.
No ano anterior, ela já tinha alcançado a mesma distinção pela versão latina da premiação. "Demorou para cair a ficha e entender que era outro", diz Janaína, que agora faz questão de assinar como Torres, seu nome de solteira, depois de ter se divorciado do chef Jefferson Rueda (que segue como seu sócio).
O reconhecimento, ela diz, é resultado de uma vida ligada à comida. "Eu vendi coxinha, lanche natural. Fazia iogurte em casa para ganhar meu dinheiro muito antes de pensar em ter restaurante", relembra.
De representante de marcas de vinho a sócia de um dos mais bem sucedidos grupos gastronómicos do Brasil — que contempla o Bar da Dona Onça e o famoso A Casa do Porco, eleito o 12º melhor restaurante do mundo —, ela agora se prepara para seu projeto mais ambicioso: abrir um restaurante só seu.
Em conversa com Nossa, a chef fala sobre fama e responsabilidade, a valorização da culinária brasileira e como sua separação a ajudou a se reencontrar com a sua vocação na cozinha.