Após o hiato — necessário, mas devastador — causado desde a paralisação da temporada 2019/2020 e que abalou o setor de cruzeiros marítimos no mundo, os gigantes dos mares voltaram agora aos portos nacionais. Na estreia do MSC Preziosa em águas brasileiras, em Santos (SP), muitos profissionais do setor se emocionaram, após 20 meses de angústia e incerteza.
O retorno dos cruzeiros ao Brasil ocorre com restrições de no máximo 75% da capacidade de leitos, rígidos protocolos para os passageiros e, por enquanto, apenas cinco dos grandes navios (Costa Fascinosa e Diadema, e os MSC Preziosa, Seaside e Splendida) — e todos envolvidos unicamente em roteiros nacionais.
A temporada perdeu navios que desceram direto rumo à Patagônia e Antártica, já que as fronteiras marítimas seguem fechadas. O quadro poderá mudar em janeiro, dependendo das negociações entre armadoras, Anvisa e Governo Federal.
Mesmo com todas essas limitações e os possíveis impactos da quarta onda na Europa e da recém descoberta variante ômicron, o executivo Marco Ferraz acredita em um horizonte límpido para os cruzeiros turísticos. Entrevistado por Nossa, Ferraz não escondeu o sorriso no rosto, esperançoso. Ex-presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), o executivo comanda desde 2014 a Clia Brasil, principal entidade do setor no mundo e que representa uma frota de 268 embarcações, a ser reforçada com 93 novos navios até 2027.