A amizade com o bartender Rodolfo Bob, então mestre na escola O Bar Virtual, e o emprego no primeiro bar de verdade — o Madeleine, na Vila Madalena — mudaram o rumo de sua carreira.
Minha principal formação com ele foi mais na base de abrir uma garrafa de rum, acender um charuto e ele vomitar informação sobre bebida. Eu precisava absorver todo aquele conteúdo."
Foi quando Zulu cismou de criar seus próprios bitters, gotinhas mágicas que temperam coquetéis. Apaixonado pelos aromas e sabores da Angostura, único produto da categoria então disponível no Brasil, entrou na internet, pesquisou receitas e passou a reproduzi-las o mais fielmente que conseguia.
Bob deu-lhe um tranco, régua e compasso. "Mano, para com esse negócio de ficar repetindo receita de gringo. Faz o teu e não abre muito essa história. Espera ficar bom pra mostrar", disse o professor.
Zulu encontrou seu norte na pesquisa de ingredientes brasileiros. Jurubeba, paratudo, amburana, castanha-do-pará, barbatimão, guaraná, casca de cajueiro, cacau — muitos dos botânicos que conhecia da infância na roça - foram parar em seus pequenos frascos.
Além de lançar sua marca, a Zulu Bitters, foi natural que ele levasse esse conhecimento aos coquetéis, criando um estilo que o distinguiu da tendência de simplesmente copiar o que a coquetelaria do Hemisfério Norte apresentava.