Dudu Nobre, Xande de Pilares e Gregório Duvivier, entre muitos outros, encabeçam a lista da nova geração boêmia da cidade. "Eu viveria de bolinhos", confessa Duvivier, que circula por bares das zonas Norte e Sul do Rio.
Já Moacyr Luz figura na lista de notáveis e veteranos boêmios cariocas, como Aldir Blanc, Elizeth Cardoso, Noel Rosa, Cartola, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Músicos, poetas, intelectuais e personagens que deixaram seu legado para as gerações seguintes.
O botequim marcou a história do Rio desde o século 19. Da Lapa antiga, passando pela Tijuca, as rodas de samba e tira-gostos, até a bucólica Ipanema dos anos 1960, o bar é o lugar do encontro. Segundo o compositor Moacyr Luz, é "o espaço de não fazer nada, mas onde tudo acontece".
"Precisamos destes espaços. Eles são esteios de memórias, aspirações, anseios, sonhos, desilusões, conquistas, fracassos, alegrias e invenções da vida de inúmeras gerações que passaram por suas mesas", escreveu o escritor e historiador Luiz Antonio Simas.
Provavelmente foi na Casa Villarino, aberta no Centro em 1953, que eclodiu a gênese do movimento que exportou a música do Rio para o mundo: a bossa nova. Foi ali que Tom e Vinicius se encontraram pela primeira vez, no verão de 1956. Infelizmente, o bar fechou as portas por tempo indeterminado, em razão da pandemia.