Eu tinha 5 anos quando estreou nos cinemas "Tron — Uma Odisseia Eletrônica", em 1982. Era ficção científica na veia, com um visual tão icônico que entrou naquela seara de produções cult. O filme marcou época. Porém, confesso que o máximo que consegui buscar na memória foi uma visão no sofá de casa tentando entender aquela "Sessão da Tarde" em que um cara consegue entrar no mundo virtual.
Roda a bobina 28 anos adiante. Em 2010, é lançado "Tron: O Legado". Aí as imagens são mais vívidas. Teve frenesi no lançamento, efeitos especiais deixando Jeff Bridges com cara de garoto, cinemas cheios na estreia.
E foi isso. A saga não chegou a criar tronmaníacos, aquela legião de fãs ávidos pelo próximo capítulo.
Esse background é um desafio para o Walt Disney World, que estreia hoje (4), no parque Magic Kingdom, a TRON - Lightcycle/Run. Como atrair um público sem o apelo de devoção que "Star Wars" e "Guardiões da Galáxia" imprimiram nas últimas montanhas-russas inauguradas no parque? Será que as notícias anunciando que vem por aí o terceiro filme da franquia vão "esquentar" o universo Tron?
Era preciso surpreender para conquistar quem, como eu, teve que resgatar lembranças da saga. E mais: também entreter gente que nem idade tem para cultivar memória afetiva com "Sessão da Tarde".
Fomos ao EUA tirar a prova. A missão da Disney foi cumprida com sucesso.