Pirenópolis, em Goiás, tem casario histórico com charme de serra
Pirenópolis (GO) é queridinha dos brasilienses e goianos para passar os finais de semana. Mas a cidade que conserva casario histórico, com o charme próprio das serras, rende o que fazer por vários dias. Basta gostar de natureza, de se enveredar pelas trilhas na mata, de bater papo e curtir manifestações folclóricas para descobrir suas tantas cachoeiras, belas vistas, delícias gastronômicas e histórias.
A cidade, cujo nome faz referência aos montes da fronteira entre França e Espanha, tem no Parque Estadual da Serra dos Pireneus um dos principais atrativos ecológicos. Chegar ao topo do Pico dos Pireneus no fim da tarde para ver o pôr-do-sol é um programa clássico para quem visita Pirenópolis. A paisagem é de belas montanhas rochosas a perder de vista e de vegetação de veredas e cerrado.
Mas, no caminho até o pico, há muitas outras belezas a serem conhecidas. A região de morros é cercada de nascentes e quedas d’água. Vale passar o dia explorando trilhas e mergulhando em água doce até chegar lá. Na estrada que leva ao Pico dos Pireneus, ficam duas grandes reservas particulares: Vargem Grande e Abade.
Em Vargem Grande, a relação esforço/benefício é muito compensadora. As trilhas são curtas e fáceis, com baixos degraus de pedra acessíveis até para quem tem dificuldade de locomoção. E levam a belas cachoeiras com lagos para banho e praia à beira-rio para relaxar diante da paisagem. Conta com infraestrutura de banheiros, loja de conveniência e lanchonete na entrada da propriedade.
Lá dentro, há duas cachoeiras. A de Santa Maria é ideal para crianças. Com uma bonita queda d’água e prainha espaçosa, caminha-se apenas 500 metros para chegar até ela. A do Lázaro é um pouco mais distante (1.300 metros) e tem uma queda d’água maior. É mais procurada pelo público jovem, embora também seja de fácil acesso e tenha praia.
Já a reserva do Abade é mais indicada para quem gosta de caminhar. O núcleo tem duas opções de trilha. Na curta, são vistas duas cachoeiras. Na longa, são vistas quatro. A maior é a cachoeira do Abade. Seu belo e convidativo lago é uma recompensa e tanto para o esforço de chegar até lá. Quem tem fôlego consegue nadar até o ponto da queda d’água e receber o peso relaxante da cascata pelo corpo.
Várias outras cachoeiras completam a lista de atrativos em Pirenópolis: Dragões, Rosário, Meia Lua... Muitas requerem disposição física para conhecer. Para fazer as trilhas, vá de roupa leve e tênis. E não se esqueça de levar uma mochila com água, protetor solar, repelente e lanche.
Ao caminhar pelos calçamentos de pedras do centro histórico de Pirenópolis (GO), descobre-se lojinhas de artesanato, galerias, bistrôs, casas de doces e cachaças
Charme colonial e gastronomia
O fim de tarde e a noite em Pirenópolis têm muito charme, tempero e história. O casario colonial cercado de serras cria um ambiente bucólico e aconchegante. Ao caminhar pelos calçamentos de pedras, descobre-se lojinhas de artesanato, galerias, bistrôs, casas de doces, cachaçarias.
À noite, a rua do Rosário fica tomada de mesinhas dos bares e restaurantes iluminados por velas. No cardápio, comida de fazenda, italiana e goiana. Experimente o arroz de pequi (fruta) e o empadão de guariroba (espécie de palmito) e também os produtos derivados da castanha de baru, típica da região, como o licor.
O centro histórico, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), rende passeios interessantes, como a visita à Igreja da Matriz de Nossa Senhora do Rosário, símbolo do sincretismo religioso em Goiás. O templo sofreu com um incêndio em 2002 logo após ser restaurado em 1999, e teve de passar por um processo de recuperação de emergência, no qual o altar exposto hoje é o da antiga igreja dos negros.
Outros pontos históricos e culturais da cidade são a ponte sobre o rio das Almas e o Museu do Divino, dedicado à Cavalhada, tradicional manifestação folclórica realizada na cidade durante a Festa do Divino Espírito Santo, 45 dias depois da Páscoa. A luta coreografada entre cavaleiros cristãos e mouros dura três dias e envolve toda a cidade.
Salto do Corumbá
No caminho para Pirenópolis, saindo de Brasília pela BR 070, a exuberante queda d’água de 60 metros por paredões de pedra, pode ser vista da estrada e chama a atenção de quem passa. É o Salto do Corumbá, na vizinha Corumbá de Goiás. O lugar vale uma parada com tempo, no roteiro da ida ou da volta de Pirenópolis. O Salto do Corumbá fica dentro de um clube, com área de camping e hotel, com infraestrutura para grupos e famílias. Tem atividades para crianças, como toboágua em um lago, ou para aventureiros, como rapel ou tirolesa na cachoeira.
Salto do Corumbá (GO) fica em Corumbá de Goiás. Cachoeira pode ser vista da estrada
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