Terra do boto cor-de-rosa, Novo Airão é cercada de ilhas e belas paisagens
Uma das belezas naturais mais surpreendentes do Rio Negro, no Amazonas, é o Arquipélago de Anavilhanas -um conjunto de cerca de 400 ilhas fluviais distribuídas nas áreas de Manaus e Novo Airão. São amostras da Floresta Amazônica distribuídas no imenso rio, que formam longos corredores de árvores flutuantes, quase como num labirinto.
O cenário aqui se transforma completamente ao longo do ano. Na época da cheia, de junho a novembro, as águas cobrem as árvores e surgem os igapós (áreas de floresta alagada). Para quem navega por aqui nesta época, a aventura é circular de barco entre as árvores, dentro de verdadeiras trilhas alagadas. É o visual que os turistas que chegarem a Manaus na Copa vão encontrar.
Já durante o período de seca, dezenas de praias aparecem ao longo do rio. E a areia contrasta com as águas avermelhadas do rio Negro. Mas é possível ainda se aproximar das árvores parcialmente alagadas entrando nos igarapés (braços de rio), porém, sem realizar trilhas de barco.
A visita ao arquipélago pode ser feita de barco, a partir de Manaus. Vários passeios saem da capital amazonense até o início da formação de ilhas. Mas o percurso é longo e pode levar o dia todo. Conforme o tipo de embarcação contratada, leva-se de três a nove horas para chegar nas primeiras ilhas, o que torna o percurso cansativo e pouco proveitoso.
As melhores opções para curtir o atrativo com tranquilidade são fazer um cruzeiro pelo rio Negro, de pelo menos três dias, ou hospedar-se em Novo Airão (180 km de Manaus), cidade localizada à beira do arquipélago.
O município tem uma infraestrutura de hospedagem pouco desenvolvida, mas a vantagem é que daqui saem passeios mais completos, que além de levar a diversos tipos de percursos entre as ilhas, também chegam até grutas, como as da Madadá, por meio de trilhas por terra dentro da floresta.
Novo Airão também é a terra do boto cor-de-rosa. O flutuante da Dona Marilda recebe grupos de turistas de hora em hora para que vejam os animais, símbolo do rio Negro, serem alimentados. Dóceis e simpáticos, eles saltam da água para buscar os peixes frescos e fazem a alegria dos visitantes.
O flutuante antigamente funcionava como restaurante e começou a atrair botos em busca de alimentação fácil. Após ser orientada sobre como tratar os bichos por autoridades do meio ambiente, Marilda resolveu fechar o restaurante no local e investir apenas no ponto de observação dos animais.
A cidade também é referência quando o assunto é artesanato em madeira. Além de abrigar algumas assosiações de artesãos, Novo Airão sedia a Fundação Almeirinda Malaquias, que forma e prepara em marchetaria. Alguns dos mais belos trabalhos em madeira vistos no Amazonas são criados aqui. Vale a visita à sede da fundação para assistir aos vários processos da produção artesanal, que utiliza apenas madeira reciclada, e ainda comprar itens exclusivos vendidos na lojinha.
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