Atrações ao ar livre e compras conquistam o turista em Vancouver, no Canadá
Entre a belíssima confluência das montanhas com o mar, alguns dos melhores restaurantes étnicos da América do Norte e transporte público eficiente - cortesia da Canada Line e SkyTrain - Vancouver é muito mais que uma ex-sede olímpica ou escala obrigatória para outros destinos. Onde mais você encontraria um exotismo de nível internacional que concorre com Hong Kong, uma ordem pública no melhor estilo nórdico e uma infinidade de opções de compras, restaurantes e acomodações. As inúmeras possibilidades ao ar livre - caminhadas ou passeios de bicicleta em Stanley Park, caiaque em False Creek, esqui em Grouse Mountain - só a tornam ainda mais atraente. Entretanto, apesar de bela, a cidade tem consciência de seus recursos e se tornou tão ecologicamente correta que suas lojas nem oferecem mais sacolas plásticas. Com o grande número de comunidades de imigrantes e a cultura local de extrema simpatia, Vancouver é diferente a ponto de ser intrinsecamente estrangeira, mas ao mesmo tempo familiar para poder ser explorada em um único fim de semana.
Sexta
16h30 - Duas vistas
Vancouver é uma cidade belíssima, que deve ser admirada sob todos os ângulos possíveis. Comece pelo elevador de vidro que o levará a 168 metros de altura e ao Mirante de Vancouver Lookout, no Harbor Center (555 West Hastings St.; vancouverlookout.com; 15,75 dólares canadenses, praticamente equivalente aos dólares norte-americanos). A plataforma circular oferece uma vista de 360° do centro, Mount Seymour, Grouse Mountain, Lions Gate Bridge e dos hidroaviões levantando voo do porto. Depois, faça como os moradores e dirija-se ao SeaBus, na Waterfront Station (601 West Cordova St.; informações sobre ônibus no 604-953-3333), a menos de cinco minutos a pé. Pegue a balsa (8 dólares ida e volta) para North Vancouver, um passeio de barco de 15 minutos que, sem dúvida, é um dos mais belos do mundo - e tente pegar um dos bancos na parte da frente para ter uma das melhores vistas de North Vancouver e das montanhas cobertas de neve que ganharam fama com as Olimpíadas. Ao chegar a North Vancouver, vá direto ao Lonsdale Quay Market (123 Carrie Cates; lonsdalequay.com), onde vai encontrar de tudo, desde curry até souvlaki na seção de comidas internacionais. A seguir, vá ao pub Cheshire Cheese, sente-se no deque, peça uma jarra de sangria e uma porção de nachos e aproveite a vista do centro, do porto industrial e de Burrard Inlet.
20h - Tapas japoneses
Como muitas cidades, Vancouver viu surgir uma onda de restaurantes que trabalham com ingredientes locais, mas vale a pena conferir um clássico da gastronomia: o Guu, o primeiro no estilo do izakaya tradicional (de pratos pequenos). Esse não é um sushi bar, mas o atum tataki, o arroz frito com kimchi, os croquetes de kabocha e o yaki udon vão fazer você esquecer os rolinhos Califórnia. Sente-se ao balcão e observe os chefs preparando os pratos meticulosos com precisão de lutador de artes marciais. O serviço é rápido e a conta sai por um quarto do preço que cobraria um restaurante da moda. Jantar para dois, com bebidas, sai por cerca de 50 dólares. O Guu tem cinco filiais em Vancouver, mas o original fica em Thurlow Street (838 Thurlow St.; guu-izakaya.com) e tem fama de ser o mais autêntico - mas em todos o entusiasmo dos funcionários na recepção e na despedida dos clientes é o mesmo.
22h30 - Saideira
Comece a noite no Yew Seafood & Bar do Four Seasons Hotel (791 West Georgia St.; yewrestaurant.com), um espaço dramático com pé-direito de oito metros e lounge sofisticado. Apesar do glamour, o clima é tranquilo, pois ali o que interessa mesmo são os coquetéis. O mixologista Justin Taylor já criou mais de vinte drinques. Prove o Moscow Mule (vodca, suco de limão e cerveja de gengibre), servido em uma taça de bronze, ou o 20th Century (gim, creme de cacau e limão). Aviso: esses coquetéis são bem fáceis de beber, mas o preço é salgado, variando entre 11 e 16 dólares.
O forte no Yew Seafood & Bar do Four Seasons Hotel, em Vancouver, são os coquetéis
Sábado
10h - Guloseimas e muito verde
Comece o dia no Thierry (1059 Alberni St.; thierrychocolates.com), na Alberni Street, um padaria francesa tradicional onde pode saborear um croissant de amêndoa e um cappuccino. Boa pedida é levar alguns macarons em sabores como pistache e chocolate, pecã bordo e café para beliscar mais tarde. Depois pegue o Canada Line rumo ao sul e ao Jardim Botânico VanDusen (5251 Oak St.; vancouver.ca/vandusen). Não importa a época do ano, tudo é muito lindo; vale uma exploração detalhada a esse casulo ecológico de 22 hectares com mais de 255 mil plantas do mundo todo. Não deixe de ver o labirinto de arbustos - e de tentar chegar à árvore que há no meio.
13h - Dim Sum
Para uma experiência da cultura e da culinária asiáticas mais genuínas, vá ao Aberdeen Center e saboreie o dim sum no Fisherman's Terrace (3580-4151 Hazelbridge Way, Richmond; 604-303-9739). Esse shopping center espaçoso tem uma loja inteira dedicada aos produtos Hello Kitty, um restaurante que serve churrasco coreano e um supermercado só com produtos regionais, entre outros tesouros. Como se pode comprovar pela multidão nos corredores, o local é uma das instituições favoritas de milhares de chineses que moram em Richmond, subúrbio a 20 minutos ao sul de Vancouver. Faça reserva; se não puder, melhor então levar algo para ler (todos os jornais são em chinês). Quando conseguir, escolha uma entre as 76 opções do cardápio, mas se aceita conselhos, prove o joelho de frango frito com sal apimentado, arroz em folhas de bambu, bolinhos recheados de carne de porco no vapor, wrap de macarrão de arroz com cogumelo e bolo de coco com inhame picado. Se for aventureiro em termos gastronômicos, experimente as opções que não se encontram na maioria dos restaurantes chineses ocidentalizados como a língua de pato no vapor. Os preços variam de 3,65 a 8,80 dólares.
15h - Compras em Yaletown
Gastown é um dos bairros mais populares de Vancouver, mas Yaletown, antiga área industrial perto do centro que agora está apinhada de restaurantes e lofts caros, não deve ser ignorada pelos consumidores mais vorazes; o bairro nobre está cheio de boutiques elegantes. A Chintz & Company (950 Homer St.; chintz.com/t-vancouver.aspx), que só tem filiais no Canadá, é um ótimo lugar onde se comprar joias, almofadas e o creme para as mãos TokyoMilk. A Revolucion (1062 Mainland St.; revolucionstyle.com) é uma loja masculina com uma parede inteira só de opções de produtos de barbear e de higiene pessoal (e itens como o porta-vinho no formato de um pé feminino). No mesmo quarteirão fica a Global Atomic Designs (1144 Mainland St.; globalatomic.com), que vende roupas de grifes internacionais.
16h30 - As Primeiras Nações
Antes de Vancouver se tornar o paraíso dos imigrantes, havia as Primeiras Nações - os nativos indígenas canadenses, cuja cultura e arte têm presença maciça na cidade. Para ter uma ideia da qualidade do que anda sendo produzido, vá à Galeria Inuit, em Gastown (206 Cambie St., inuit.com). "O mercado de arte inuit é grande no noroeste, desde Portland até o sul do Alasca", diz Phil McComiskey, um dos funcionários. Confira as pinturas e gravuras de Kenojuak Ashevak, artista inuit que vivia na região do Ártico; seu trabalho, conhecido pelas formas geométricas e imagens naturais, é usado nos selos canadenses. Se quiser comprar exemplares da arte nativa a preços acessíveis, atravesse a rua e vá ao Hill's Native Art (165 Water St.; hillsnativeart.com), que oferece uma boa seleção de joias, entalhes, esculturas e gravuras.
20h - Bolinho de peixe de quatro camadas
Em Vancouver, o negócio é se fartar de frutos do mar, especialidade local imbatível. Um dos lugares mais elogiados (e nem por isso menos caro) é o Blue Water Cafe (1095 Hamilton St.; bluewatercafe.net), na Hamilton Street. Aposte nas opções cruas e nas entradas (lembre-se de que não há sushi). Comece com um prato de ostras e a degustação BC (serve duas pessoas), que mais parece um bolo de noiva de quatro camadas de frutos do mar com salada de carne de caranguejo, ceviche de vieiras, tartar de atum albacora e terrina de salmão defumado. Entre os pratos quentes, vá de salmonídeo com caviar de truta, beurre blanc e cuscuz israelense. Guarde espaço para o semifreddo de maracujá. Jantar para dois, 250 dólares.
22h30 - Balada em Chinatown
Até bem pouco tempo, Chinatown não era conhecida como opção de drinques numa noite de sábado, mas isso mudou graças ao Keefer Bar (135 Keefer St.; thekeeferbar.com), casa aonde os jovens e descolados vão para provar os bons coquetéis num lounge escuro e abafado cujas paredes são decoradas com provérbios chineses. Os drinques, que no cardápio ganham o nome de "receitas" (homenagem ao tema boticário), valem a espera no balcão lotado, principalmente o picante Chinatown Sour (10 dólares) e o Dragon Fly (11 dólares).
Gastown é um dos bairros mais populares de Vancouver, no Canadá
Domingo
9h30 - Brunch na casa de chá
Passe a manhã em Stanley Park, o oásis verde espaçoso nessa que é a versão Costa Oeste do Central Park. Comece pelo Teahouse, casa famosa pelo brunch, tanto pela localização como pelas adaptações a vários clássicos. Se puder, sente-se à janela para admirar English Bay e West Vancouver. Não deixe de provar o salmão defumado Benedict, que usa a variedade local (7501 Stanley Park Drive; vancouverdine.com/teahouse. O brunch, que custa 45 dólares, é servido nos fins de semana).
11h - Caminhe e pedale
Para fazer a digestão, vá caminhar ao logo da Lost Lagoon, na região sul do parque e aproveite para admirar a diversidade da flora e fauna, como gansos, patos, cisnes, tartarugas e texugos, tudo pertinho do centro. Se o tempo estiver bom, pegue uma cor em Second Beach. No Spokes Bicycle Rental (1798 West Georgia St.; spokesbicyclerentals.com) é possível alugar uma magrela a partir de 8 dólares/hora. Uma boa opção de passeio é a volta de quase 10 km ao redor do quebra-mar. Só fique atento porque vai dividir a ciclovia com os patinadores, mas, ainda assim, dá para apreciar a maresia e as belezas naturais de Vancouver.
Onde ficar
O Hotel Le Soleil (567 Hornby St.), no centro financeiro, é um hotel boutique de 119 quartos com um toque do sul da Ásia. Todas as suítes têm uma salinha particular. Há também um restaurante indiano excelente, o Copper Chimney. As diárias variam entre 139 e 249 dólares.
Quem quiser luxo deve se hospedar no Four Seasons (791 West Georgia St.). Além do serviço impecável e dos quartos espaçosos, o hotel está ligado ao Pacific Center, um shopping center que também é parada das linhas da Canada Line e SkyTrain. Diárias a partir de 265 dólares.
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